S&P 500 opera entre ganhos e perdas, à espera de dados de inflação
Após a recuperação no último pregão, o S&P 500 futuro opera entre ganhos e perdas na manhã desta quarta-feira (10). O mercado aguarda dados de inflação, principal alvo de preocupação dos investidores nas últimas semanas, que refletiram as incertezas nos rendimentos das Treasuries.
Por volta das 8h, o S&P 500 subia 0,01%, a 3.873,38 pontos. A Nasdaq, por sua vez, caía 0,29%, para 12.751,12 pontos. O mercado observará os impactos da alta do preço dos combustíveis — causada pela disparada do petróleo — e dos estímulos governamentais.
Os futuros do Dow Jones Industries operam com uma alta de 0,30%, traduzindo melhores perspectivas para as empresas da “velha economia”. Com a possível alta da inflação, companhias ligadas ao crescimento econômico, como bancos, commodities e utilities, apresentam melhor desempenho em comparação às de tecnologia nas últimas semanas.
As empresas que possuem seu valor alocado no “hoje”, diferentemente das companhias de alto crescimento, denotam uma rotatividade dos investimentos de growth para value. A dispara do rendimento das Treasuries de 10 anos, que iniciaram o ano em 0,915% e estão 1,554% nesta quarta, é um efeito prático disso.
O mercado vem travando um cabo de guerra com o Federal Reserve (Fed) nas últimas semanas. O BC norte-americano entende que a pressão inflacionária é de curto prazo e está sob controle, reafirmando que não deve subir a taxa de juros referencial tão cedo.
Os dados de inflação em território estadunidense devem ser divulgados às 10h30 (horário de Brasília). Os investidores estarão atentos para ver se os gastos de estímulo do governo começaram a aumentar os preços ao consumidor.
O novo pacote de estímulos na ordem de US$ 1,9 trilhão foi aprovado pelo Senado no último sábado (6). A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, disse ontem que a Casa pode votar e aprovar o plano nesta quarta.
De acordo com Pelosi, o objetivo dos deputados favoráveis à aprovação é que o projeto seja promulgado pelo presidente Joe Biden antes do próximo domingo (14), quando expira o aumento de US$ 300 semanais do auxílio-desemprego, aprovado na primeira rodada de estímulos fiscais no país.
Na Ásia, o indicador CSI 300 da China, índice das 300 maiores empresas do país, subiu levemente, revertendo as perdas da última terça, quando o governo interviu sem sucesso procurando interromper uma sequência negativa.
Na Europa, o índice Stoxx Europe 600 oscilou entre perdas e ganhos, sustentado por fabricantes de automóveis, empresas de energia e bancos.
S&P 500 e as bolsas mundias
Confira o desempenho das principais bolsas mundiais por volta das 8h24:
- S&P 500 futuro: +0,02%
- Nasdaq futuro: -0,27%
- DAX 30 (Alemanha): +0,25%
- FTSE 100 (Inglaterra): -0,27%
- Euro Stoxx 50: +0,27%
- SSE Composite (Xangai): -0,05%
- Nikkei 225 (Japão): +0,03%
As bolsas mundiais adotam certa cautela em março — de olho no rendimento das Treasuries e na pressão inflacionária. O S&P 500 e os mercados norte-americanos observam o desdobramento do novo pacote de estímulos do presidente Biden.
