O mercado futuro do S&P 500 opera em queda na manhã desta segunda-feira (29), com as atenções voltadas aos grandes bancos do mercado norte-americano, após Credit Suisse alertar sobre um impacto em seu balanço. As ações de instituições recuam antes da abertura do mercado, temendo que os números do primeiro trimestre sejam contaminados.
Por volta das 8h25, o S&P 500 caía 0,30%, a 3.953,12 pontos. A Nasdaq, por sua vez, recuava 0,03%, para 12.963,62 pontos. Nesta manhã, o Credit Suisse informou que prevê um impacto “altamente significativo” no balanço do primeiro trimestre, após um fundo de hedge estadunidense falhar no pagamento de chamadas de margem feitas pelo banco suíço.
Embora não tenha especificado o tamanho do prejuízo esperado, o Credit e outros bancos estão em processo de retirada de grandes posições do mercado.
Por volta das 8h15 desta manhã, as ações do Credit recuavam 14% na Bolsa suíça. Nos Estados Unidos, o Morgan Stanley cai 4,23% no mercado futuro, enquanto o JP Morgan recua 1,38%. Os papéis do Wells Fargo, por sua vez, caem 1,03%.
Por ser mais carregado por empresas da “velha economia”, como os bancos, o S&P 500 sofre mais que a Nasdaq nesta manhã. A Bolsa de tecnologia dos Estados Unidos procura se recuperar das quedas nas últimas semanas, estimuladas pela alta do rendimento das Treasuries.
O rendimento das notas de 10 anos operam em queda de 0,63 ponto percentual, para 1,65%. O movimento de baixa atenua a dispara de 2,5% na última sexta-feira, com o mercado ainda demonstrando preocupações com o crescimento econômico norte-americano seguido de uma possível guinada na inflação.
No mercado de commodities, os investidores ainda têm o foco voltado à situação do meganavio encalhado no Canal de Suez. As equipes que trabalham para soltar a embarcação tiveram avanços e conseguiram liberar parcialmente a proa do barco, que está flutuando.
De acordo com a Bloomberg, os trabalhadores conseguiram reorientar a posição do Ever Given em 80% na direção correta. O navio está travando a passagem do curso desde a última terça-feira (23), em uma das principais rotas de petróleo e de commodities do mundo. Estima-se um prejuízo de US$ 400 milhões por ano.
Além disso, a matéria-prima opera em alta com o mercado de olho na reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) na quinta-feira (1). O cartel discutirá os cortes de produção de maio.
S&P 500 e os mercados internacionais
Confira o desempenho das principais bolsas mundiais por volta das 8h40:
- S&P 500 futuro: -0,37%
- Nasdaq futuro: -0,11%
- DAX 30 (Alemanha): +0,54%
- FTSE 100 (Inglaterra): -0,12%
- Euro Stoxx 50: +0,50%
- SSE Composite (Xangai): +0,50%
- Nikkei 225 (Japão): +0,71%
Os investidores adotam certa cautela neste mês — atentos ao rendimento das Treasuries e na pressão inflacionária norte-americana. O S&P 500 e as bolsas dos Estados Unidos observam o desdobramento do novo pacote de estímulos do presidente Joe Biden, além das dúvidas ligadas ao cenário macroeconômico.