S&P 500 cai no mercado futuro antes de ata do Fomc; Nasdaq avança
O S&P 500 volta a cair no mercado futuro na manhã desta quarta-feira (18), após recuar 0,71% na véspera. O maior índice acionário norte-americano vinha de consecutivas máximas históricas, mas incertezas quanto à recuperação global e desaceleração do varejo maior do que esperada colocaram o pé no freio.
Por volta das 8h50, o S&P 500 caía 0,09%, para 4.444,20 pontos. A Nasdaq, por sua vez, subia 0,05%, para 15.009,80 pontos. As atenções ao longo do dia também serão voltadas à ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
A expectativa gira em torno de um novo parecer sobre o ritmo de compras de ativos pela autoridade monetária do país.
Segundo integrantes do BC norte-americano, as atuais condições econômicas favorecem o arrefecimento das compras, que hoje são de US$ 120 bilhões mensais.
Vale ressaltar que o programa de compra de títulos corporativos por parte do Fed, além da taxa de juros zerada, ajuda a aumentar a demanda pelo mercad acionário, uma vez que o custo de oportunidade se torna alto caso não o investimento em renda variável.
No início desta semana, o S&P 500 atingiu sua 49ª máxima histórica do ano.
A ata do Fed também dará novas pistas sobre a tendência de recuperação econômica no pós-pandemia. Preocupações com a variante Delta agitam os investidores, que não sabem muito bem que de forma a cepa da Covid-19 pode influenciar a recuperação da atividade.
Em discurso virtual na última terça-feira (17), o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que a influência da Delta na economia norte-americana ainda é incerta, mas que as pessoas se adaptaram e aprenderam a viver “com ou sem Covid-19”.
A inflação na zona do euro subiu 2,2% em julho ante igual mês do ano passado, acelerando em relação ao acréscimo anual de 1,9% observado em junho.O resultado confirmou a estimativa preliminar e veio em linha com a expectativa de analistas do mercado.
“O viés é de cautela, mas existem expectativas sobre estímulos adicionais na China, em função da desaceleração econômica”, comenta o economista Roberto Padovani, do Banco BV. “Europa e Estados Unidos estão com uma postura mais defensiva, próximos da estabilidade. Inflação europeia reforça esse sentimento.”
S&P 500 e as Bolsas mundiais
Confira o desempenho das principais bolsas mundiais por volta das 9h02:
- S&P 500: -0,06%
- Nasdaq: +0,06%
- DAX 30 (Alemanha): -0,03%
- FTSE 100 (Inglaterra): -0,29%
- Euro Stoxx 50: -0,10%
- SSE Composite (Xangai): +1,11% (fechada)
- Nikkei 225 (Japão): +0,59% (fechada)
Agosto segue de uma forma majoritariamente positiva para os investidores, mas com o andamento da economia chinesa no radar. Ademais, o S&P 500 e as Bolsas ainda digerem o desdobramento das pressões inflacionárias norte-americanas e a recuperação econômica global.