Invertendo o movimento altista da última terça-feira (5), o S&P 500 opera em queda no mercado futuro desta quarta-feira (6). Os investidores voltam a se preocupar com os temas já conhecidos pelo mercado, sobretudo referentes às pressões inflacionárias e aumento das Treasuries.
Por volta das 9h50, o S&P 500 futuro caía 1,07%, para 4.299,10 pontos. A Nasdaq, por sua vez, recuava 1,19%, para 14.499,30 pontos. O índice DXY, que apresenta a variação do dólar frente a uma cesta de moedas, mostra força e avança 0,43%, para 94,38 pontos.
A guinada do mercado de energia, com os preços de petróleo e gás em dispara ao redor do mundo, elevam a preocupação com inflação. Esse processo também pode trazer bloqueios nas cadeias de abastecimento e desacelerar a economia mundial.
O instrumento de paralisação da inflação é o aumento da taxa de juros. Com essa expectativa, o rendimento das Treasuries de 10 anos — que se movem na direção oposta ao preço — subiram para 1,548%, de 1,528% na véspera.
O aumento do custo de capital para as empresas pressiona particularmente mais as companhias de tecnologia e alto crescimento. Isso ocorre pois o maior valor delas está no futuro, e caso os fluxos de caixa posteriores sejam descontados a uma maior taxa, os múltiplos atuais também caem.
“O clima no dia é de cautela. Dados de indústria e varejo vieram piores do que o esperado na Europa, enfraquecendo o euro”, diz o economista-chefe do BV, Roberto Padovani. “A cautela também diz respeito às informações sobre mercado de trabalho nos Estados Unidos.”
S&P 500 e as Bolsas internacionais
Confira o desempenho das principais bolsas mundiais por volta das 9h15:
- S&P 500: -1,03%
- Nasdaq: -1,21%
- DAX 30 (Alemanha): -1,65%
- FTSE 100 (Inglaterra): -1,47%
- Euro Stoxx 50: -1,71%
- SSE Composite (Xangai): (fechada)
- Nikkei 225 (Japão): -1,05% (fechada)
Os mercados mundiais procuram retomar o trilho positivo ainda no início de outubro, afastando a sombra da queda do mês passado, mas ainda com forte volatiliadade. O S&P 500 e as Bolsas ainda digerem o desdobramento das pressões inflacionárias norte-americanas e a retirada de estímulos mundo afora.