O S&P 500 opera em alta após a abertura do mercado à vista na manhã desta quarta-feira (1), dando o pontapé inicial em setembro com o mesmo viés positivo de agosto. O maior índice acionário dos Estados Unidos sobe por sete meses consecutivos, a melhor sequência desde 2018.
Por volta das 12h08, o S&P 500 subia 0,19% para, 4.530 pontos. A Nasdaq, por sua vez, avançava 0,62%, para 15.353,40 pontos, se aproximando de mais uma máxima histórica no ano.
Durante o verão norte-americano, quando os mercados possuem menos liquidez, as ações subiram de forma intensa, refletindo as expectativas pela recuperação econômica — a despeito das ameaças da variante Delta.
A partir de agora, contudo, atenções são voltadas à volatilidade prevista para as próximas semanas. O Federal Reserve (Fed) estima que passará a dimunuir os estímulos monetários, hoje na ordem de US$ 120 bilhões mensais em compra de ativos.
Outros riscos em setembro também estão no radar, como a repressão do governo da China sobre o empresariado, sobretudo do setor de tecnologia, além de eleições federais na Alemanha, maior economia da zona do euro.
Uma desaceleração chinesa, que pode mexer com os mercados de commodities, também estão sob observação. Indicadores de manufatura privada no país mostram seu nível mais baixo em mais de um ano, sugerindo que surtos da Covid-19 têm atrapalhado de certa forma.
“O tom do dia é bastante positivo, apesar da agenda econômica decepcionante”, comenta o economista Roberto Padovani, do Banco BV. “Na China, os dados de indústria decepcionaram, mostrando uma acomodação do crescimento.”
O barril de petróleo Brent recua 0,88%, para US$ 71. O minério de ferro, negociado na Bolsa de Dalian, na China, caiu mais 7,7% no mercado futuro.
S&P 500 e as Bolsas mundiais
Confira o desempenho das principais bolsas mundiais por volta das 12h15:
- S&P 500: +0,16%
- Nasdaq: +0,66%
- DAX 30 (Alemanha): -0,13%
- FTSE 100 (Inglaterra): +0,38%
- Euro Stoxx 50: +0,75%
- SSE Composite (Xangai): +0,65% (fechada)
- Nikkei 225 (Japão): +1,29% (fechada)
Os mercados internacionais iniciam setembro com o mesmo otimismo das últimas semanas, a despeito das preocupações que rondam o âmbito econômico. O S&P 500 e as Bolsas ainda digerem o desdobramento das pressões inflacionárias norte-americanas e a retirada de estímulos mundo afora.