Entre perdas e ganhos, o S&P 500 conseguiu sustentar uma alta de 2,24% no acumulado de março, fechando o quarto trimestre consecutivo de altas.
O índice teve no mês passado um período agitado, de aumento nos rendimentos do títulos do Tesouro nos Estados Unidos elevando o nervosismo entre os investidores e provocando uma rotação de investimentos para longe das ações de tecnologia que compõe o S&P 500 em grande medida.
Apesar disso, a promessa de um novo pacote de estímulos trilionário de Joe Biden, para impulsionar projetos de infraestrutura nos Estados Unidos, aliado à manutenção das políticas monetárias acomodatícias do Federal Reserve (Fed), levaram Wall Street a fechar março no azul.
O Dow Jones Industrial fechou o mês na máxima histórica, avançando 6,62%, enquanto o Nasdaq Composite subiu 0,41%, a poucos pontos percentuais do nível recorde.
Reforçando que esta matéria não é uma recomendação de investimento, veja as cinco ações do S&P 500 que mais se desvalorizaram em março.
ViacomCBS
A ViacomCBS (C1BS34), dona de um dos maiores conglomerados de comunicação dos Estados Unidos, caminhava bem até a última semana do mês, com uma valorização acumulada de mais de 50%.
A derrocada começou após a companhia anunciar uma oferta de ações de US$ 3 bilhões na Securities and Exchange Commission (SEC, órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos).
Os recursos, segundo a ViacomCBS, seriam destinados a investimentos em streaming e outros fins corporativos.
O mercado parece não ter gostado da notícia pois derrubou as ações da companhia para US$ 45,10, uma desvalorização de 30,07%.
Discovery
Mas a ViacomCBS não foi a única empresa do S&P 500 de mídia a apresentar desempenho negativo em março. Junto a ela esteve a Discovery (DCVY34), não com uma, mas duas de suas ações entre as piores baixas do mês.
As ações da companhia despencaram em meio a uma redução das apostas dos investidores no serviços de streaming da Discovery.
Segundo a Barron’s, o banco UBS avaliou em relatório recente que o Discovery+ já parece precificado e o valor do papel não representa a expectativa de crescimento do serviço.
As ações ordinárias da companhia caíram 18,05%, para US$ 43,46, e as preferenciais, 18,02%, a US$ 36,89.
Saindo do setor de comunicação, as ações do Twitter (TWTR34) também estiveram entre as piores quedas de março após ser protagonista das maiores altas do S&P 500 em fevereiro.
A empresa de mídia social recuou no início do mês passado depois de anunciar o preço da oferta de US$ 1,25 bilhão em títulos conversíveis.
A cotação não mudou muito desde então. As ações do Twitter registraram perda de 17,43% em março, fechando a US$ 63,63.
Illumina
Desde meados de fevereiro, os ativos da Illumina (I1LM34) vinham perdendo valor na Nasdaq, mas as ações da empresa americana líder no segmento de decodificação de informação genética, que ensaiavam uma recuperação em março, tiveram um novo revés.
A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) protocolou recentemente uma ação para bloquear a aquisição do desenvolvedor de biópsia líquida Grail pela Illumina.
A ameaça de regulação levou os papéis da empresa para US$ 384,06 ao final de março, uma baixa mensal de 12,60%.
Baker Hughes
Já a Baker Hughes (B1KR34), companhia de serviços de campos de petróleo, enfrentou quase dois terços de mês de quedas.
Os preços das ações da companhia acompanharam a volatilidade da cotação da commodity, caindo 11,72%, para US$ 21,61, a quinta pior queda do S&P 500 em março.
Antes de qualquer investimento em ações é importante ressaltar que quitar as dívidas e fazer uma reserva de emergência deve sempre ser a prioridade. Os analistas da SUNO Research sempre salientam que é necessário antes poupar dinheiro para depois investir, e nunca se endividar para investir ou investir endividado. Esta matéria não é uma recomendação de investimento.