Depois de fechar janeiro no vermelho, o S&P 500 voltou a registrar um desempenho mais fraco neste mês. Embora tenha ganhado 2,61%, o índice foi pressionado por temores envolvendo o retorno da inflação nos Estados Unidos e por expectativas de que o Federal Reserve (Fed) possa adiantar o ciclo de altas da taxa de juros.
Na segunda metade de fevereiro, investidores iniciaram uma migração para os títulos públicos do Tesouro americano em meio a busca de maior segurança e rendimentos mais elevados oferecidos no mercado de dívida. O movimento travou uma sequência de altas do S&P 500, que renovava dia após dia sua máxima histórica.
A aversão ao risco pesou sobre as large caps de tecnologia, consideradas as vencedoras em um contexto de pandemia. Até então “queridinhos” dos investidores, os papéis começaram a registrar reveses à medida que o mercado se voltava para notas do Tesouro e ativos de companhias mais sensíveis a retomada econômica.
Reforçando que esta matéria não é uma recomendação de investimento, confira as cinco ações do S&P 500 que mais se desvalorizaram em fevereiro.
Leidos
No primeiro lugar em nossa lista está a Leidos Holdings (NYSE: LDOS), uma companhia de Tecnologia da Informação (TI) que oferece seus serviços ao governo.
As ações da empresa despencaram neste mês após a divulgação dos resultados trimestrais. Os números vieram mistos, mas o guidance para 2021 assustou investidores.
Aliado a isso, a Spruce Point Capital Management apresentou um relatório alegando que há provas de má administração e potencial fraude na Leidos.
Os fatores serviram para colocar a companhia no topo das desvalorizações do S&P 500. A empresa caiu 16,60%, a US$ 88,45 em fevereiro.
Akamai
A Leidos, no entanto, não ficou no vermelho sozinha. Com ela esteve a Akamai Technologies (NASDAQ: AKAM), que reportou seu balanço trimestral em fevereiro.
A empresa de internet acabou encolhendo depois de comunicar números levemente acima das expectativas de Wall Street e projeções em linha com as previsões.
Os papéis da Akamai caíram 14,89% neste mês, para US$ 94,50.
Tesla
Já no terceiro lugar da lista ficou a recém chegada ao S&P 500 Tesla (NASDAQ: TSLA).
A montadora de veículo elétricos de Elon Musk derreteu 14,87%, chegando a US$ 675,50 em 26 de fevereiro, abaixo do preço de US$ 695 quando entrou no índice das 500 maiores empresas de capital aberto dos Estados Unidos.
A companhia acompanhou o viés de venda de ativos considerados vencedores em 2020.
Continuam as especulações sobre se a Tesla conseguirá se impor uma gigante do setor automobilístico global, ou se será alcançada por seus pares.
PerkinElmer
Outra companhia que sofreu com as correção dos preços em fevereiro foi a PerkinElmer (NYSE: PKI).
As ações da empresa de saúde dispararam 48% no ano passado, registrando um de suas melhores performances, devido à forte demanda por testes de covid-19.
No início deste mês, a PerkinElmer reportou seus resultados do quarto trimestre, superando as estimativas.
O desfecho, entretanto, não foi o suficiente para manter a empresa em alta. Seus papéis tiveram uma desvalorização de 14,27%, a US$ 126,09.
Cerne
Acompanhando a PerkinElmer nas quedas dentro do setor de saúde, a Cerner Corporation (NASDAQ: CERN) caiu 13,69%, para US$ 69,14. A empresa é líder no segmento de TI e registros eletrônicos.
Em fevereiro, a companhia divulgou seus dados do quarto trimestre de 2020, mas não animou muito o mercado, que a colocou na quinta posição do ranking de maiores quedas do S&P 500.
Antes de qualquer investimento em ações é importante ressaltar que quitar as dívidas e fazer uma reserva de emergência deve sempre ser a prioridade. Os analistas da SUNO Research sempre salientam que é necessário antes poupar dinheiro para depois investir, e nunca se endividar para investir ou investir endividado. Esta matéria não é uma recomendação de investimento.