S&P 500 sobe leve com índices mundiais sem direção única

O S&P 500 e os índices acionários das bolsas mundiais fecharam a sessão desta quarta-feira (13) sem direção única, com os investidores de olho na política dos Estados Unidos e no avanço da covid-19.

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O mercado hoje esteve atento aos movimentos na Câmara dos Representantes nos Estados Unidos, que decidiu há pouco pela abertura de um processo de impeachment contra o presidente Donald Trump por “incitamento à insurreição” após a invasão do Capitólio na semana passada. As bolsas mundiais continuam atentas ao desenrolar dos eventos que se sucederam nos últimos dias dentro da maior economia do mundo. Neste pregão, o S&P 500 fechou em leve alta de 0,23%.

Não obstante a confusão política, persiste no horizonte dos investidores a expectativa por um novo pacote de estímulos nos Estados Unidos diante de um governo democrata unificado. Aliado a isso está a postura do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), cuja política monetária permanecerá “acomodatícia” até sinais claros de uma retomada bem estabelecida.

Avanço da covid pesa sobre mercados

Por outro lado, as bolsas mundiais parecem ter se “sacudido” do viés altista registrado após a vitória de Joe Biden e dos democratas na Geórgia, que garantiram o controle do Senado norte-americano ao partido, e voltaram a repercutir a segunda onda de covid-19 no mundo.

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A disseminação do novo coronavírus, agora com novas cepas, pesou sobre os mercados em meio a novas restrições à circulação e ao aumento das mortes. Segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, ontem foram registradas globalmente mais de 17 mil mortes pela covid-19, a maior métrica já apurada. Com isso, o planeta chega ao patamar de 1.973.059 vidas perdidas na pandemia.

S&P 500 sobe leve, acompanhado de Nasdaq

O S&P 500 e o Nasdaq Composite fecharam a sessão em leves altas conforme os investidores esperavam por mais detalhes sobre o novo pacote de estímulos e pela abertura do processo de impeachment contra Donald Trump. O Dow encerrou estável, com viés negativo.

Os três principais índices de Wall Street foram puxados pelos setores de serviços, imobiliário e tecnologia.

Maioria das bolsas europeias fecha em alta

Do outro lado do Atlântico, a visão é distinta. As bolsas europeias precificaram os números da covid-19 que continua a assolar o continente e os indicadores econômicos, que deram um pouco de respiro aos mercados.

  • Europa (Stoxx Europe 600): +0,11% – 409,07
  • Londres (FTSE 100): -0,13% – 6.745,52
  • Frankfurt (DAX 30): +0,11% – 13.939,71
  • Paris (CAC 40): +0,21% – 5.662,67
  • Milão (FTSE MIB): +0,43% – 22.743,65
  • Madri (IBEX 35): +0,18% – 8.361,10
  • Lisboa (PSI-20): -0,69% – 5.091,61

Nesta quarta-feira, a Eurostat informou que a produção industrial da zona do euro teve um aumento de 2,5% em novembro ante o mês anterior.

Bolsas da Ásia fecham sem sinal único

As bolsas asiáticas fecharam mistas, com os mercados ecoando o avanço da covid-19 e o menor apetite por risco nas bolsas mundiais.

  • Hong Kong (Hang Seng): -0,15% – 28.235,60
  • Xangai (SSE Composite): -0,27% – 3.598,65
  • Tóquio (Nikkei 225): +1,04% – 28.456,59
  • Seul (Kospi): +0,71% – 3.148,29

Isso, no entanto, não impediu a Bolsa de Tóquio de subir mais de 1%, no embalo do S&P 500 e dos mercados de Nova York no dia anterior, e bater recorde de fechamento em mais de 30 anos.

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Arthur Guimarães

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