O S&P 500 fechou em queda nesta terça-feira (31), em meio a ajustes no último pregão de agosto, após ter renovado o recorde histórico de fechamento na segunda-feira (30). Investidores ficaram de olho na divulgação de indicadores econômicos nos Estados Unidos, que vieram abaixo das estimativas do mercado.
O índice Dow Jones recuou 0,11%, aos 35.360,73 pontos, seguido pela baixa de 0,13% do S&P 500, aos 4.522,68 pontos. O Nasdaq Composite, por sua vez, caiu 0,04%, aos 15.259,24 pontos.
Estrategista chefe de mercados da LPL Financial, Ryan Detrick destacou, em relatório enviado a clientes, que setembro é historicamente um mês de perdas para as bolsas nova-iorquinas. “Mesmo no ano passado, em meio à forte recuperação das baixas de março de 2020, vimos uma correção de quase 10% em meados de setembro”, disse o analista.
Para a consultoria, com uma esperada reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) prevista, junto a contínuas preocupações pela variante delta do coronavírus e o fato de que as bolsas de Nova York não recuam de maneira sustentada há bastante tempo, “investidores devem estar atentos a alguma volatilidade sazonal” no mês que vem.
Nesta terça-feira, operadores ficaram atentos à divulgação de indicadores econômicos nos Estados Unidos, incluindo o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos EUA medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) de Chicago, que caiu a 66,8 em agosto e ajudou no recuo dos índices acionários.
A Pantheon Macroeconomics avaliou, em relatório, que a queda do indicador se deu pela disseminação da cepa delta nos EUA, mesma razão que explica o recuo 113,8 do índice de confiança do consumidor americano em agosto, segundo a Oxford Economics, que ainda destaca a baixa a 94,1 no índice de expectativas, que mede a perspectiva a curto prazo dos consumidores nos EUA.
Para a casa, o recuo no dado de expectativas reflete a desaceleração nos gastos de consumidores no terceiro trimestre, para alta anual de 3%, seguindo o crescimento anualizado de 11% no primeiro semestre de 2021.
Entre ações, os papéis de Pfizer (PFIZ34) e Moderna (M1RN34) fecharam em direções distintas hoje, após um estudo envolvendo 2.499 profissionais belgas da área da saúde mostrar que o imunizante contra a covid-19 da segunda farmacêutica gera mais anticorpos que da primeira. Com isso, a ação da Pfizer recuou 1,45% nesta terça em Nova York, enquanto a da Moderna subiu 1,62%.
Destaque negativo do dia, o Wells Fargo (WFCO34) tombou 5,60%, após a Bloomberg reportar que entidades regulatórias dos EUA alertaram o banco sobre novas sanções por acelerar o ritmo com que a empresa cumpre suas obrigações de restituições a vítimas de abusos financeiros.
Cotação do S&P 500 na segunda (30)
Ao contrário do S&P 500 hoje, o índice acionário subiu 0,43%, aos 4.528,79, na última segunda-feira.
(Com Estadão Conteúdo)