No fechamento da semana o S&P 500 encerrou em queda acompanhado dos principais índices das bolsas mundiais em sessão permeada por incertezas e volatilidade, mas o saldo geral da semana permaneceu positivo.
A sessão desta sexta-feira (18) foi marcada pelo evento trimestral de quadruple witching, quando fechamento simultâneo de quatro tipos de contratos futuros ligados a ações. A data tende a elevar os volumes de negociação e aumentar a volatilidade nos mercados. Hoje o S&P 500 teve uma leve queda de 0,35%.
Os investidores também continuaram atentos às negociações para aprovação de um novo pacote de alívio nos Estados Unidos. Segundo a Bloomberg, o líder da maioria no Senado, John Thune, sugeriu ontem que o governo federal poderia entrar em uma paralisação parcial no fim de semana enquanto os congressistas trabalham para discutir os detalhes do projeto de lei de gastos do governo que poderá incluir o pacote de estímulos.
Além disso, o S&P 500 será rebalanceado nesta sexta-feira após a adição da Tesla (NASDAQ: TSLA), que se tornará a maior companhia já incluída no índice. Neste pregão, os papéis da montadora de Elon Musk dispararam 5,96%, para US$ 695,00, o que lhe confere uma capitalização de mercado de US$ 658,791 bilhões.
Tensão EUA-China
Outra notícia que movimentou as bolsas mundiais hoje foi a medida de Washington de restringir negócios com empresas da China, entre elas a fabricante de microchips SMIC.
“Acrescentamos a SMIC à lista de entidades (sancionadas), principalmente porque precisamos nos assegurar de que a propriedade intelectual e as capacidades de fabricação dos Estados Unidos não estão sendo utilizadas pelos chineses da SMIC para continuar apoiando fusões cívico-militares na China”, comunicou o Departamento do Comércio, segundo a AFP.
De acordo com a agência, na prática, as companhias norte-americanas agora terão de solicitar uma licença antes de exportar seus produtos à SMIC, atacando especialmente a capacidade da chinesa de adquirir materiais para produzir chips de 10 nanômetros ou menos.
S&P 500 cai de máxima
Wall Street fechou em queda, pressionado pela incerteza em torno de um acordo de ajuda à maior economia do mundo em meio à pandemia.
- Nova York (S&P 500): -0,35% – 3.709,41
- Nova York (Dow Jones Industrial): -0,41% – 30.179,05
- Nova York (Nasdaq Composite): -0,071% – 12.755,64
Na sessão anterior os três principais índices acionários dos Estados Unidos encerraram nas máximas recordes.
Bolsas da Europa fecham em queda
Acompanhando a queda nas bolsas de Nova York, os principais índices europeus fecharam em baixa nesta sexta-feira. O movimento também foi puxado pela deterioração aparente das negociações de um acordo pós-Brexit entre Londres e Bruxelas e catalisado pela volatilidade do quadruple witching.
- Europa (Stoxx Europe 600): -0,33% – 395,97
- Londres (FTSE 100): -0,33% – 6.529,18
- Frankfurt (DAX 30): -0,27% – 13.630,51
- Paris (CAC 40): -0,39% – 5.527,84
- Milão (FTSE MIB): -0,16% – 21.976,12
- Madri (IBEX 35): -1,42% – 8.037,40
- Lisboa (PSI-20): -1,30% – 4.763,03
Sobre as negociações entre Londres e Bruxelas, o premiê britânico, Boris Johnson, avalia que o Reino Unido continuará negociando o acordo comercial pós-Brexit com a União Europeia (UE), mas avalia que as tratativas estão “difíceis”.
Ontem, 17, parlamentares da UE deram um ultimato de que domingo, 20, será o último dia para que um acordo seja apresentado, a fim de ser votado pelos parlamentares até o fim do ano, quando termina o período de transição.
Bolsas da Ásia fecham na maioria em baixa
Os mercados asiáticos fecharam na maioria em queda. A decisão de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) foi monitorada, bem como o noticiário das tensões entre Estados Unidos e China.
- Hong Kong (Hang Seng): -0,67% – 26.498,60
- Xangai (SSE Composite): -0,29% – 3.394,90
- Tóquio (Nikkei 225): -0,16% – 26.763,39
- Seul (Kospi): +0,063% – 2.772,18
O presidente do banco central japonês, Haruhiko Kuroda disse em entrevista coletiva que o BoJ conduzirá um ajuste na política, mas sem alterar os juros negativos ou a meta de inflação em 2% e sem qualquer pretensão de apertar a política monetária.
Além disso, em linhas com o S&P 500, as bolsas asiáticas continuaram a acompanhar o desenrolar das negociações para novos estímulos.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
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