Abrindo a semana, o S&P 500 e os principais índices da bolsas mundiais fecharam o pregão sem direção única, enquanto os investidores repercutiam o início do processo de vacinação ao redor do globo.
O começo da imunização nos Estados Unidos foi um dos fatores que deu apoio ao sentimento otimista dos benchmarks internacionais. Hoje, as primeiras dose da vacina da Pfizer (NYSE: PFE) e da BioNTech (NASDAQ: BNTX) foram administradas. A Food and Drug Administration (FDA, órgão regulador norte-americano) deu o aval na madrugada da última sexta-feira (11) para a aprovação emergencial do produto. Apesar da notícia positiva, S&P 500 caiu 0,44%.
Cerca de 2,9 milhões de doses vão compor o lote inicial, entregue primeiro a profissionais de saúde da linha de frente e residentes de lares de idosos em todo os Estados Unidos. O modelo faz parte do contrato da Pfizer com o governo americano para fornecer gratuitamente 100 milhões de doses aos cidadãos até março.
A vacina da Moderna (NASDAQ: MRNA) também está sendo analisada pelo FDA e pode receber autorização nos próximos dias, segundo informações do Yahoo Finance.
Falando ainda de Estados Unidos, os mercados continuam no aguardo de avanços nesta semana nas negociações para a aprovação de um novo pacote de alívio. Segundo porta-voz da presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, a congressista e o secretário do Tesouro Steven Mnuchin concordaram em conversar sobre o assunto nesta segunda-feira.
Petróleo amarga ganhos e atenua viés altista
O primeiro dia da semana, no entanto, não foi somente de notícias positivas. Colaborando para a queda nos preços do petróleo e pressionando as ações do setor, a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) anunciou o adiamento de reuniões de seus comitês técnicos previstas para acontecer neste mês para janeiro de 2021.
O cartel internacional não informou o motivo do adiamento, porém é esperado do grupo um consenso sobre as metas de produção e estoque da commodity para o próximo ano.
Segundo comunicado, a 47ª reunião do Comitê Técnico Conjunto (JTC, na sigla em inglês) prevista para acontecer nesta quarta-feira (16) e a 25ª reunião do Comitê Conjunto de Monitoramento Ministerial (JMMC, na sigla em inglês), que aconteceria nesta quinta-feira (17) foram remarcadas para os dias 3 e 4 de janeiro respectivamente.
S&P 500 cai junto com Dow; Nasdaq sobe
Os três principais índices dos Estados Unidos fecharam em desacordo, com o S&P 500 e o DJIA recuando enquanto o índice da bolsa automática apurou uma leve alta.
- Nova York (S&P 500): -0,44% – 3.647,41
- Nova York (Dow Jones Industrial): -0,62% – 29.860,24
- Nova York (Nasdaq Composite): +0,50%- 12.440,04
As bolsas americanas estiveram de olho no início da vacinação no país, bem como nas discussões sobre um pacote de estímulos à maior economia do mundo.
Nesta sessão, o Dow Jones chegou a atingir uma máxima recorde, porém foi pressionado pelos papéis da Walt Disney (NYSE: DIS), que caíram 3,65% hoje, para US$ 169,30.
Maioria das Bolsas da Europa fecha em alta
As bolsas europeias fecharam na maioria em alta com o prosseguimento das negociações por um acordo comercial pós-Brexit entre o Reino Unido e a União Europeia (UE), o otimismo no mercado pelo começo da vacinação contra a covid-19 nos Estados Unidos e indicadores econômicos positivos.
- Europa (Stoxx 600 Europe): +0,44% – 391,85
- Londres (FTSE 100): -0,23% – 6.531,83
- Frankfurt (DAX 30): +0,83% – 13.223,16
- Paris (CAC 40): +0,37% – 5.527,84
- Milão (FTSE MIB): +0,27% – 21.759,73
- Madri (IBEX 35): +0,96% – 8.140,80
- Lisboa (PSI-20): +0,79% – 4.780,03
No domingo (13), a Comissão Europeia e Londres decidiram ir além do prazo anterior do último domingo para tentar fechar um acordo comercial. O principal negociador da UE para o Brexit, Michel Barnier, afirmou que os próximos dias “serão importantes” para a negociação do acordo comercial com os britânicos.
Contendo os ganhos estiveram as ações das petroleiras, que caíram em diversas bolsas seguindo a baixa nos preços do barril de petróleo.
Bolsas da Ásia fecham sem sinal único
As bolsas asiáticas, por sua vez, não tiveram sinal único. A covid-19 e seus riscos à atividade seguem em foco, mas também a perspectiva de vacinação contra o vírus adiante.
- Hong Kong (Hang Seng): -0,44% – 26.389,52
- Xangai (SSE Composite): +0,66% – 3.369,12
- Tóquio (Nikkei 225): +0,30% – 26.732,44
- Seul (Kospi): -0,28% – 2.762,20
Os mercados acionários da Ásia continuaram atentos ao avanço da covid-19 na região, à medida que os países começam a registrar aumentos diários de casos da doença.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
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