O S&P 500 e as bolsas mundiais fecharam majoritariamente em alta no pregão desta quarta-feira (6) com o mercado repercutindo as eleições do segundo turno pelo estado da Geórgia nos Estados Unidos, que definiu o controle democrata no Senado norte-americano.
Nesta sessão os investidores estiveram de lupa em mãos para acompanhar o desenrolar das eleições na Geórgia para o Senado dos Estados Unidos. Os democratas Raphael Warnock, primeiro negro eleito senador do estado, e Jon Ossoff venceram a disputa, garantindo 50 cadeiras para o partido Democrata, mesmo número alcançado pelo partido Republicano. Com isso, o desempate fica a cargo da vice-presidente eleita Kamala Harris.
O resultado veio em linha as projeções da imprensa norte-americana, que apontava um virada nas eleições em direção a uma vitória democrata.
Em meio à certificação, o Capitólio dos EUA foi colocado em lockdown à medida que apoiadores do presidente Donald Trump invadiram o Congresso norte-americano enquanto os legisladores debatiam a vitória do presidente eleito Joe Biden.
A polícia chegou a utilizar armas, bombas de gás e spray de pimenta para conter os integrantes. De acordo com a emissora norte-americana CNN, pessoas saíram feridas durante o tumulto.
Estímulos e cheque emergencial nos EUA
Embora o grande assunto do dia tenha sido as eleições na Geórgia, os investidores também ficaram atentos à aprovação do pacote de ajuda de US$ 900 bilhões por parte do presidente Donald Trump. O mandatário firmou a lei, sob pressão dos dois partidos.
Em comunicado, republicano pediu que o Congresso retire o que considera gastos inúteis na lei e disse que enviará aos legisladores uma lista de provisões que deseja eliminar – um esforço que a oposição democrata promete bloquear.
Além disso, o líder da bancada do partido democrata dos Estados Unidos, Chuck Schumer, afirmou hoje que uma das prioridades do novo Congresso será aprovar uma rodada de pagamentos de US$ 2 mil à maioria dos americanos.
Mais uma notícia que afetou a cotação do dólar foi a declaração do líder da bancada do partido democrata dos Estados Unidos, Chuck Schumer, dizendo que uma das prioridades do novo Congresso será aprovar uma rodada de pagamentos de US$ 2 mil à maioria dos americanos.
“Vamos trabalhar com o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, para conquistar mudanças ousadas”, disse Schumer em coletiva de imprensa.
S&P 500 sobe, Dow bate recorde e Nasdaq cai
Com todas as atenções nos Estados Unidos, os três principais índices acionários de Wall Street encerraram mistos nesta quarta-feira.
- Nova York (S&P 500): +0,57% – 3.748,14
- Nova York (Dow Jones Industrial): +1,44% – 30.829,40
- Nova York (Nasdaq Composite): -0,61% – 12.740,79
O DIJA ganhou mais 400 pontos neste pregão para fechar em sua máxima recorde.
Bolsas europeias saltam
Ao contrário das bolsas americanas, os principais índices acionários da Europa fecharam em forte alta impulsionados pela perspectiva de uma vitória democrata nos Estados Unidos.
- Europa (Stoxx Europe 600): +1,36% – 406,41
- Londres (FTSE 100): +3,47% – 6.841,86
- Frankfurt (DAX 30): +1,76% – 13.891,97
- Paris (CAC 40): +1,19% – 5.630,60
- Milão (FTSE MIB): +2,40% – 22.734,32
- Madri (IBEX 35): +3,20% – 8.350,30
- Lisboa (PSI-20): +3,19% – 5.168,32
Os benchmarks foram puxados por empresas dos setores financeiro e de commodities. As companhias do setor petrolífero também foram impulsionadas pela decisão da Opep+, formada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados, de manter os níveis de corte na produção.
Bolsas da Ásia fecham mistas
As bolsas asiáticas encerraram o pregão sem direção única, com os investidores de olho na ordem executiva assinada por Donald Trump que bane transações com oito aplicativos de software chineses.
- Hong Kong (Hang Seng): +0,15% – 27.692,30
- Xangai (SSE Composite): +0,63% – 3.550,88
- Tóquio (Nikkei 225): -0,38% – 27.055,94
- Seul (Kospi): -0,75% – 2.968,21
Os mercados asiáticos, da mesma forma que o S&P 500 e o restante dos índices globais, também ficaram atentos ao desenrolar das eleições na Geórgia.
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