Em terço do último mês de ano se passou e o S&P 500 e principais índices da bolsas mundiais fecharam o pregão desta sexta-feira (11) majoritariamente em baixa. O movimento reflete a realização de lucros enquanto as perspectivas futuras apontam para um cenário sem acordo pós-Brexit, sem estímulos e com covid-19.
No último dia da semana, os mercados reverberaram o som da covid-19 no Hemisfério Norte. Segundo levantamento da Universidade John Hopkins, o mundo ultrapassou 70 milhões de contaminações hoje. Dados da mesma instituição apontam que a soma de casos em todo o planeta ontem chegou a quase 698 mil, o maior patamar já registrado. Hoje, o S&P 500 caiu
Outro fator que puxou as bolsas mundiais para baixo foi a incerteza a respeito do pacote de estímulo fiscal nos Estados Unidos. Os investidores continuam preocupados com a demora para uma resolução enquanto os líderes políticos norte-americanos continuam a desacordar dos termos para um novo pacote de alívio.
Nos EUA, os investidores ainda repercutiram o resultado do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), que subiu 0,1% em novembro ante outubro, segundo dados com ajustes sazonais publicados pelo Departamento do Trabalho americano. A métrica veio em linha com a previsão dos analistas.
O núcleo do PPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, avançou 0,1% na comparação mensal de novembro. Neste caso, a projeção do mercado era de alta de 0,2%.
Perspectiva pós-Brexit
As ações, principalmente as europeias, também foram puxadas pela perspectiva de que um acordo pós-Brexit entre Reino Unido e União Europeia (UE) seja mais improvável que possível.
Segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, nesta sexta, as negociações com o Reino Unido para um acordo comercial “continuam distantes em questões fundamentais”, como o uso das águas de pesca britânicas e a forma de estabelecer uma competição justa entre as empresas de ambos os lados.
De acordo com Von der Leyen, no domingo, líderes de ambos os lados irão decidir se há condições para um acordo.
S&P 500 cai junto com Nasdaq; Dow descola
Os três principais índices das bolsas americanas fecharam o pregão com leves variações, com o S&P 500 e o Nasdaq Composite em baixa e o DJIA em alta. Por lá, os investidores se mostram insatisfeitos com o impasse envolvendo as negociações para a aprovação de novas medidas de alívio no país.
- Nova York (S&P 500): -0,13% – 3.663,46
- Nova York (Dow Jones Industrial): +0,16% – 30.046,37
- Nova York (Nasdaq Composite): -0,23%- 12.377,87
Além disso, pesou sobre o mercado o fato de que o número diário de casos de covid-19 nos Estados Unidos permanece em níveis altíssimos. De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, o país continua a ser o mais afetado pela pandemia, com mais de 15 milhões de infectados.
Bolsas europeias fecham com perdas
As bolsas da Europa fecharam no vermelho puxadas para baixo principalmente pela segunda onda de covid-19 no continente e a perspectiva negativo sobre um acordo pós-Brexit.
- Europa (Stoxx 600 Europe): -0,73% – 390,28
- Londres (FTSE 100): -0,80% – 6.546,75
- Frankfurt (DAX 30): -1,36 – 13.114,30
- Paris (CAC 40): -0,76% – 5.507,55
- Milão (FTSE MIB): -0,97% – 21.702,16
- Madri (IBEX 35): -1,46% – 8.063,10
- Lisboa (PSI-20): -1,10 – 4.742,67
Também contribuiu para o mal-estar o avanço da covid-19 na Europa. O Reino Unido reduziu o período de auto isolamento de 14 para 10 dias e Portugal registrou novo recorde de óbitos diários com 95 mortes em 24 horas.
Bolsas da Ásia fecham sem sinal único
As bolsas asiáticas não tiveram sinal único. A Bolsa de Xangai e a de Tóquio estiveram entre aquelas com sinal negativo, enquanto Seul e Hong Kong fecharam no azul.
- Hong Kong (Hang Seng): +0,36% – 26.505,87
- Xangai (SSE Composite): -0,77% – 3.347,19
- Tóquio (Nikkei 225): -0,39% – 26.652,52
- Seul (Kospi): +0,86% – 2.770,06
Os mercados da Ásia, bem como das outras bolsas mundiais, precificaram o avanço da covid-19 pelo mundo, mas outras praças tiveram bom desempenho, deixando para o S&P 500 e companhia.
(Com informações do Estadão Conteúdo)
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