O S&P 500 encerrou em queda de 1,07% nesta quarta-feira (18), a 4.400,27 pontos, após a divulgação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) sinalizaram a redução dos estímulos à economia dos Estados Unidos.
O S&P 500 acelerou as perdas no final do pregão à medida que investidores digeriam o documento da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). A maioria dos dirigentes julgou que pode ser apropriado iniciar a redução do programa de compra de ativos ainda neste ano. Não houve consenso, no entanto.
Além disso, já se começa “a olhar com outros olhos para questão de inflação, que pode ser mais persistente, durar mais tempo do que se esperava. O mercado provavelmente enxerga isso como uma possibilidade de que os juros devem aumentar em algum momento, talvez antes do que se previa”, destacou Flávio de Oliveira, head de renda variável da Zhal Investimentos.
O índice Dow Jones Industrial recuou 1,08%, para 34.960,69 pontos. O Nasdaq Composite perdeu 0,89% e fechou a 14.525,91 pontos.
Em entrevista ao site Barrons’s, o presidente da distrital do Fed em St. Louis, James Bullard, afirmou que enxerga riscos de que a inflação PCE nos Estados Unidos fique acima de 2,5% ao longo de 2022. Apesar disso, ponderou que a autoridade monetária tem adotado uma postura mais “relaxada” em relação à política inflacionária. “Estamos deixando inflação seguir acima de 2% por algum tempo”, comentou.
Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos de referência registraram alta de 1,19% e fecharam a 1,273%.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista em outubro recuou 1,70% (-US$ 1,13), a US$ 65,21, enquanto o do Brent para o mesmo mês caiu 1,16% (-US$ 0,80) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 68,23.
Cotação do S&P 500 na terça (17)
Na terça-feira (17) passada, o S&P 500 teve baixa de 0,71% e encerrou a 4.448,08 pontos.
(Com Estadão Conteúdo)