O Softbank Group desistiu da compra, por até US$ 3 bilhões (R$ 15,81 bilhões), das ações da WeWork. Segundo o grupo japonês, o motivo é que algumas condições da oferta pública de aquisição não foram atendidas.
“O término da oferta pública não terá impacto nas operações da WeWork, nos clientes, nos negócios, no plano estratégico de cinco anos, ou na grande maioria dos atuais funcionários”, informou o Softbank.
Um dos vendedores dos papéis seria o antigo presidente da WeWork, Adam Neumann. O executivo iria vender US$ 970 milhões em ações como parte do acordo realizado com o grupo no final do ano passado, quando o banco exigiu a saída do executivo para continuar com o plano de resgate da empresa.
No comunicado enviado aos acionistas da companhia norte-americana, o banco de investimentos japonês mencionou uma série de investigações sobre a WeWork, realizadas pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) e pelo Departamento de Justiça do país.
No início do mês de março, o jornal norte-americano “The Wall Street Journal” havia informado sobre a possibilidade de desistência do Softbank da recapitalização da WeWork.
O jornal norte-americano ressaltou, no entanto, que a desistência do acordo não afetará o aporte de US$ 5 bilhões que o Softbank concordou em fazer na empresa de escritórios compartilhados. Deste montante, o banco japonês já investiu US$ 1,5 bilhões na empresa estadunidense, que precisa dos investimentos para manter suas operações.
Softbank quer investir US$ 1 bi na América Latina neste ano
O Softbank pretende continuar investindo em empresas localizadas na América Latina.
O fundo de venture capital especializado em América Latina foi criado no início do ano passado e possui US$ 5 bilhões (R$ 21,60 bilhões) em ativos. Somente em 2019, o Softbank investiu US$ 1,6 bilhão na região e, para este ano, pretende aplicar US$ 1 bilhão.
A companhia destinou entre US$ 100 milhões e US$ 150 milhões para cada uma das 17 empresas escolhidas até agora. Todavia, o Softbank não pretender parar por aí. Segundo informações, o fundo quer investir em 650 empresas da região. “Estamos focados em investir em empresas que possam alcançar rentabilidade a longo prazo”, afirmou Andrés Freire, sócio-gerente e chefe da região Cone Sul do SoftBank.