O SoftBank, grupo investidor em tecnologia, apresentou, na manhã desta terça-feira (11), um lucro líquido de US$ 11,9 bilhões (cerca de R$ 65,16 bilhões) referente ao segundo trimestre deste ano. Na comparação anualizada, o resultado é 12% superior, impulsionado pela alienação da participação da Sprint Corp., norte-americana do setor de telecomunicações.
Segundo o grupo japonês, com a venda das ações na Sprint, a empresa se recuperou do que seria o pior ano de sua história. O resultado apresentado pelo SoftBank superou a expectativa por um lucro de US$ 5,04 bilhões, segundo o FactSet.
Somente o ganho de capital relacionado à alienação na participação da Sprint contribuiu com um ganho de US$ 6,95 bilhões. Da mesma forma, o resultado da empresa também foi impulsionado pela venda das ações da T-Mobile, na ordem de US$ 3,98 bilhões.
Além disso, o desempenho do Vision Fund, maior fundo de investimento em tecnologia do mundo, também colaborou para o resultado do grupo. Segundo o SoftBank, a receita gerada pelo fundo no período entre abril e junho foi de US$ 2,8 bilhões — no ano encerrado em 31 de março, havia sido registrado um prejuízo contábil.
“É um pouco cedo para dizer agora que o Vision Fund estará completamente no azul de agora em diante”, disse o CEO do SoftBank, Masayoshi Son. “Ainda assim, em comparação com a época em que as coisas estavam piores, o fundo está melhorando continuamente.”
O balanço apresentado pela empresa ressalta que o plano de recompra das ações de sua emissão estão funcionando, mas a um alto preço. O grupo reduziu a intensidade nos investimentos e, a exemplo da Sprint, colocou parte de seus ativos à venda para levantar recursos para a própria recompra de ações e quitação de dívidas.
No início deste ano, o SoftBank apresentou o plano de recomprar US$ 23 bilhões em ações, e já executou mais de 60% do estimado. Ademais, nesse período, também direcionou mais de US$ 1,5 bilhão em resgates de dívidas.
O grupo japonês também procura limpar a “sujeira” causada pelos erros do Vision Fund — centro dos investimentos da empresa nos últimos três anos, sob a orientação de Son. Com diversos investimentos em startups, como a WeWork, sem trazer retorno, o SoftBank registrou bilhões em baixas contábeis nos últimos trimestres.