SoftBank investe na Betterfly, insurtech do Chile que mira o Brasil

A startup seguradora Betterfly vai iniciar sua operação no Brasil após receber um aporte de US$ 60 milhões em uma rodada de investimentos que incluiu o SoftBank, grupo japonês que aportou em uma empresa chilena pela primeira vez.

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A Betterfly presta um serviço que, no Brasil, só poderá ser oferecido por meio de contratos corporativos futuramente. No Chile, a assinatura começa custando US$ 4 mensais.

A startup é uma “insurtech“, fornecendo uma plataforma digital de benefícios para empresas premiarem hábitos saudáveis ​​dos funcionários com seguro de vida, além da opção de doar para diferentes causas. No rol de serviços, constam telemedicina, serviços de saúde mental e psicologia, programas de exercícios, orientação nutricional e educação financeira.

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Vale ressaltar que a companhia não negocia apólices de seguro, já que as mesmas são operadas por empresas parceiras, o que torna a Betterfly um caso à parte no setor.

Na rodada de investimentos, fizeram aporte:

  • DST Global
  • QED Investors
  • Valor Capital
  • Endeavor Catalyst
  • SoftBank

As seguradoras ainda crescem remotamente no país, mas nos últimos cinco anos esse crescimento foi impulsionado. Em 2020, segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), foram 26,2% planos de seguro a mais contratados em relação ao ano anterior.

A empresa foi fundada em 2018 e recebe este aporte após um investimento de US$ 18 milhões que foi liderado pela QED, à época.

A ideia é que, com o aporte, a startup possa se expandir na América Latina nos próximos anos. Mesmo com a entrada em terras brasileiras, ainda não cravou um preço para seus serviços, mas deve se aproximar de algo próximo dos US$ 4 do Chile.

A barreira é que, atualmente, a Betterfly ainda negocia os benefícios e quais serão as seguradoras envolvidas no projeto, em diálogos que já duram mais de dois meses.

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Betterfly visa montar um time local

Novata no Brasil, o foco da startup é de levantar uma equipe em solo nacional, já que no Chile são cerca de 120 funcionários (crescimento de 50 colaboradores em 6 meses).

A ideia é manter o ritmo de crescimento vigoroso ao adentrar o Brasil, com enfoque na área de tecnologia, segmento em que estão 60% dos colaboradores da Betterfly.

SoftBank visa injetar mais dinheiro na América Latina

Após anunciar sua terceira contratação de peso no Brasil nesse ano, o SoftBank visa maiores investimentos na América Latina, se posicionando para uma mudança de patamar na estratégia local.

O brasileiro Nicola Calicchio foi escalado para ocupar o posto de chefe de estratégias no braço internacional do conglomerado japonês, tendo 30 anos de consultoria McKinsey no currículo.

Calicchio pretende usar essa experiência para ajudar a escolher empresas da região que possam se beneficiar dos aportes e da experiência do SoftBank, que já soma mais de US$ 100 bilhões em investimentos e lucro de US$ 46 bilhões ao ano.

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Eduardo Vargas

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