SoftBank injeta US$ 200 milhões no Mercado Bitcoin, mais novo unicórnio

O fundo japonês SoftBank injetou US$ 200 milhões (cerca de R$ 991 milhões) no Mercado Bitcoin, plataforma brasileira de negociação de criptomoedas. Com isso, a plataforma passou a ser avaliada em US$ 2,1 bilhões e se tornou o primeiro unicórnio cripto da América Latina.

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O aporte foi recebido por meio da 2TM, controladora do Mercado Bitcoin, e foi anunciado na manhã desta quinta-feira (1). A empresa será oitava maior entre as cerca de 20 startups unicórnios da região, ficando atrás de empresas como Nubank, iFood e Stone.

O investimento do SoftBank foi de Série B. Nesta categoria, esse foi o maior aporte já recebido por uma startup no Brasil, além de ser o mais volumoso investimento feito pelo grupo asiático no segmento de criptomoedas na América Latina.

A 2TM já havia recebido, em janeiro, um aporte de R$ 200 milhões de fundos da GP Investments e da Parallax Ventures.

À época, os recursos foram utilizados na compra da Blockchain Academy, de educação financeira sobre moedas digitais, e na aquisição de uma fatia na FIDD, que opera como DTVM.

Aquecimento do Bitcoin enseja negócios da plataforma

Pouco antes do primeiro aporte, o mercado de criptomoedas já estava sendo fortemente aquecido pelos investidores internacionais.

De outubro de 2020 a abril de 2021, o Bitcoin saltou 550%, para a máxima histórica de US$ 65 mil. Desde então, chegou a cair mais 50% com pressões governamentais, sobretudo chinesas, sobre o uso energético sobre mineração. Entretanto, por bem ou por mal, a criptomoeda não sai do radar dos investidores.

O novo aporte deve servir para ampliar a atuação, expandir fronteiras e criar um marketplace completo de investimentos alternativos, segundo o Mercado Bitcoin.

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Mercado Bitcoin estuda IPO na B3

Em abril, o jornal Valor Econômico reportou que o Mercado Bitcoin havia contratado bancos para realizar sua abertura inicial de capital (IPO) na B3. O líder será o JP Morgan, que contará com a participação do BTG Pactual (BPAC11), da XP e do Itaú BBA.

O valuation da plataforma ainda estaria em aberto, mas a expectativa era de que ficasse entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, considerando os múltiplos do setor no exterior e o ritmo de crescimento que o mercado de criptomoedas vem apresentando recentemente.

Naquele mês, além do Bitcoin na máxima histórica, a empresa se inspirava na abertura de capital da Coinbase na Nasdaq. Hoje, a empresa tem um valor de mercado de US$ 66,3 bilhões.

Durante os primeiros seis meses do ano, a base de clientes da plataforma avançou mais de 33%, saindo de 2,1 milhões para 2,8 milhões. A exchange diz ter angariado mais de 70% do total estimado de investidores em criptoativos no País.

No primeiro semestre de 2021, o Mercado Bitcoin ultrapassou a marca de R$ 25 bilhões em movimentação, superando os R$ 20 bilhões que tinha acumulado em toda a história até dezembro do ano passado.

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Jader Lazarini

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