SoftBank anuncia fundo de US$ 5 bilhões para startups da América Latina
O SoftBank, corporação multinacional japonesa de telecomunicações, anunciou nesta quinta-feira (7) o lançamento de um fundo de US$ 5 bilhões, com foco em investimentos em startups do setor de tecnologia na América Latina. A região apresenta um crescimento no fluxo de recursos de capital de risco.
Via comunicado, a companhia informou que destinou US$ 2 bilhões ao SoftBank Innovation Fund. Tal fundo enfocará companhias que se encontram nos estágios intermediário e final de seu desenvolvimento na região.
Ainda de acordo com o comunicado, o fundo trabalhará em conjunto com o Vision Fund, apoiado pela Arábia Saudita. Assim, o Vision Fund deve aportar US$ 3 bilhões.
O tamanho do fundo não possui precedentes, e equivale a quase o total do investimento de capital de risco realizado na América Latina no segmento, entre 2017 e 2018. O mercado de startups voltadas à tecnologia dobrou em cinco anos.
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Conforme o diretor operacional do SoftBank, Marcelo Claure, ao “Wall Street Journal”, a América Latina possui poucos competidores e as empresas registram valor de mercado baixo.
De acordo com o executivo, o fundo terá escritórios em:
- São Paulo;
- Cidade do México;
- Buenos Aires;
- e Bogotá.
Ao longo de cinco anos, o fundo deve investir os US$ 5 bilhões e concentrar os aportes em empresas das áreas de:
- comércio eletrônico;
- serviços financeiros;
- saúde;
- e mobilidade.
O SoftBank já possui histórico de investimento em empresas latino-americanos. Centenas de milhões de dólares já foram aportados, inclusive em startups brasileiras, como o serviço de entregas Loggi e o aplicativo 99.
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Vision Fund
O fundador do SoftBank, Masayoshi Son está à frente do Vision Fund, o maior fundo de private equity de tecnologia do mundo, com US$ 100 bilhões. O fundo é voltado para a aceleração da colaboração entre homem e máquina.
Entretanto, metade do investimento do Vision Fund tem como fonte o príncipe da Arábia Saudita Mohammed bin Salman.
O príncipe foi acusado internacionalmente de mandar assassinar o jornalista saudita Jamal Khashoggi. Assim, juntamente com a Uber, a Alibaba e outras empresas nas quais o herdeiro saudita investe, o SoftBank tornou-se alvo da atenção mundial.