O SoftBank estuda investir ao menos US$ 1 bilhão (cerca de R$ 4,15 bilhões) na WeWork. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (26) pelo jornal britânico “Financial Times”.
A investimento pode acontecer por conta do adiamento da oferta pública inicial de ações (IPO) da WeWork. O aporta seria uma forma de renegociar um contrato estabelecido entre as duas empresas antes do cancelamento da oferta.
O fundo de investimento japonês é o maior investidor da start-up norte-americana. Desde o início das negociações entre as duas empresas, o SoftBank já investiu mais de US$ 10 bilhões na empresa de espaços de trabalho compartilhados.
Consequências do investimento
Segundo o veículo de comunicação, o aporte bilionário da companhia japonesa poderia ampliar as opções de financiamento da start-up. Isso ocorreria pois a empresa norte-americana estaria negociando um empréstimo entre US$ 3 bi e US$ 4 bi com um consórcio de bancos.
Além disso, a medida reduziria o preço das ações que a companhia japonesa possui da WeWork. Com isso, a participação do fundo japonês na empresa estadunidense aumentaria.
No entanto, nenhuma das duas empresas se manifestou sobre as informações publicadas no jornal.
Abertura de capital da WeWork
Desde o início deste ano, a start-up norte-americana está se preparando para a abertura de capital.
A expectativa dos executivos da empresa era de que a oferta levantasse entre US$ 20 bilhões a US$ 30 bilhões. Entretanto, segundo fontes familiarizadas com o assunto, o valor máximo arrecadado poderia chegar a US$ 20 bi.
Saiba mais: WeWork: Neumann renuncia presidência-executiva
No dia 18 de setembro, a The We Comapany, dona da empresa, anunciou que a oferta seria cancelada. A baixa demanda de investidores interessados na proposta foi a causa do adiamento.
Como consequência, na última terça-feira (23), o presidente-executivo da start-up, Adam Neumann, renunciou ao cargo. Um dia antes, foi divulgada a informação de que o SoftBank estava buscando formas de substituir o executivo.
Prejuízo no primeiro semestre
No primeiro semestre deste ano, a companhia registrou S$ 904,6 milhões de prejuízo. No ano anterior, as perdas também foram altas. Em 2018, o prejuízo foi de US$ 1,9 bilhão.
Em contrapartida, a empresa ressaltou que obteve um crescimento em seus membros de mais de 100% ao ano desde 2014. “Crescemos significativamente desde nossa criação”, salientou a companhia.
Em 2018, a companhia gastou US$ 1,5 bilhão. Os custos altos são motivados, principalmente, por conta das localizações dos espaços de trabalho compartilhados da start-up.
Em São Paulo, por exemplo, a WeWork possui espaços em Pinheiros, Morumbi, Oscar Freire, Perdizes e avenida Paulista. Os cinco bairros estão localizados em regiões nobres da cidade.