SNLG11 registra receita milionária em agosto e gestora comenta venda de ativos
O fundo imobiliário SNLG11 divulgou em seu relatório gerencial que alcançou uma receita distribuível de R$ 1,9 milhão no mês de agosto. Além disso, o fundo forneceu mais detalhes sobre a proposta recebida do GGRC11, que visa adquirir os seis imóveis de seu portfólio por R$ 299 milhões.
Conforme informações da Suno Asset, a proposta inclui a venda dos ativos, com o valor total sendo ajustado pelo caixa do fundo e pelos passivos a serem descontados. O pagamento será realizado por meio da emissão de novas cotas do GGRC11, calculadas a valor patrimonial, cuja oferta teve início recentemente.
Guido Andrade, analista da Suno Asset, afirmou que a proposta será submetida à aprovação dos cotistas do SNLG11 em uma assembleia geral extraordinária (AGE). Ele esclareceu: “Não queremos adiantar valores no momento, já que tanto o caixa quanto os passivos variam. Esses números podem mudar um pouco. Por exemplo, o passivo, os CRIs, são corrigidos pelo IPCA acrescido de cerca de 7,9%, e o índice inflacionário é variável”.
O fundo continua distribuindo R$ 0,36 por cota, mas, devido à proposta do GGRC11, a tabela de guidance foi suspensa até a conclusão dos impactos da operação.
A gestora também informou que as negociações com os credores dos CRIs foram finalizadas, e houve aprovação para a substituição do devedor das SPEs pelo fundo, além da liberação do saldo remanescente das operações para o SNLG11.
SNLG11: posição da carteira
Em agosto, o fundo registrou um total de R$ 337,3 milhões em ativos, com uma área bruta locável (ABL) de 92.646 metros quadrados, e um valor médio ponderado de R$ 24,89/m² – excluindo o imóvel em Pirituba/SP, que é o único desocupado no momento. O vencimento médio dos contratos ativos é de 3,76 anos.
No passivo, o fundo apresentou um valor de R$ 220,4 milhões, com uma taxa de remuneração média de IPCA + 7,14% ao ano.
Atualmente, os empreendimentos Magna (Vinhedo/SP) e Pirituba são os únicos com questões pendentes ou em andamento.
Após a saída da Itambé do imóvel de Pirituba no final de abril, a gestora tem trabalhado junto à EREA e outros parceiros para atrair novos locatários. Em junho, a EREA realizou estudos técnicos sugerindo atualizações no imóvel para melhorar sua eficiência e atender melhor aos potenciais inquilinos.
Quanto ao imóvel Magna, a expansão e ajustes na estrutura foram finalizados, permitindo que o inquilino passe a utilizar a área adicional de 3.144 metros quadrados. A cobrança por essa expansão começou em agosto, com o impacto financeiro previsto para setembro.
Rendimentos para setembro
O SNLG11 vai distribuir R$ 0,36 por cota neste mês de setembro, em linha com o rendimento já distribuído no mês anterior.
Os dividendos do SNLG11 vão ser pagos em 25 de setembro de 2024, mas somente aos cotistas posicionados no FII até hoje (13). Inclusive, o número de cotas em carteira nesta data é o que vai determinar o valor total a ser recebido pelo cotista.
No caso dos cotistas aptos a receberem, a quantia cairá automaticamente na conta da corretora de valores. O valor é recebido com isenção de Imposto de Renda no caso dos investidores pessoas físicas.
Veja a última live do SNLG11
Nos meses de junho, julho e agosto, o SNLG11 apresentou uma valorização de 18,3%, com a cota passando de R$ 28,70 no fechamento de 31 de maio para R$ 34,00 em 30 de agosto.