SNID11 supera benchmarks e obtêm rendimento acima do CDI
O SNID11, fundo de infraestrutura (FI-Infra) gerido pela Suno Asset, anunciou um aumento na distribuição de dividendos para fevereiro, elevando os rendimentos para R$ 0,11 por cota, o que representa uma rentabilidade anualizada de 14,7%. Em 2024, o fundo obteve performance acima dos seus benchmarks e rendimentos acima do CDI.

Ao longo de 2024, o SNID11 obteve uma performance patrimonial de 14,4%, superando seus principais benchmarks, como CDI (10,9%), IDA-DI (12,5%) e IPCA + yield IMAB (11,5%). Segundo a gestora, o resultado foi impulsionado por uma diversificação mais ampla da carteira e pelo uso de derivativos para atrelar parte dos ativos ao CDI, garantindo maior previsibilidade de retornos.
Outro fator que contribuiu para o desempenho foi a segunda emissão de cotas, que captou R$ 37 milhões e possibilitou uma redução do prazo médio dos ativos (duration), além da ampliação do número de emissores.
No entanto, apesar do avanço patrimonial, a rentabilidade de mercado do fundo ficou em 6,0%, impactada pelo desconto das cotas no mercado secundário — uma dinâmica que afetou toda a indústria de FI-Infra em 2024. A expectativa da gestão é que, com a melhora do setor em 2025, esse cenário favoreça a valorização das cotas.
SNID11 registra aumento na liquidez e desempenho da carteira
Em janeiro, o SNID11 movimentou R$ 4,1 milhões no mercado secundário, alcançando um volume médio diário de R$ 188 mil, aproximando-se dos níveis históricos do fundo.
O desempenho mensal foi sustentado, principalmente, pelo componente CDI, que fechou janeiro em 13,15% e contribuiu com R$ 0,099 por cota. O spread da carteira de crédito, que ficou em 2,26%, adicionou R$ 0,009 por cota, enquanto o caixa do fundo, que representa 3,3% do patrimônio, colaborou com R$ 0,006 por cota.
A marcação a mercado teve impacto positivo de R$ 0,013 por cota, refletindo o fechamento das taxas no mercado secundário. No entanto, os derivativos utilizados para swap das debêntures incentivadas para CDI reduziram os ganhos em R$ 0,019 por cota, enquanto as despesas operacionais diminuíram R$ 0,010 por cota, mantendo a previsibilidade dos rendimentos.
Dividendos mantêm retorno acima do CDI
O SNID11 encerrou janeiro com um retorno equivalente a 109,7% do CDI, sendo que, ao considerar o efeito de gross-up, o rendimento líquido para o cotista foi de CDI + 5,1%. Desde o início do fundo, o retorno total acumulado, considerando o reinvestimento dos dividendos, já alcança 20,3% com base no preço de mercado das cotas. Quando ajustado pelo gross-up, esse retorno sobe para 24,6%.
Apesar da pressão do desconto das cotas no mercado secundário, a gestora mantém uma perspectiva positiva para os próximos meses. A projeção de dividendos do SNID11 para o primeiro semestre de 2025 segue entre R$ 0,10 e R$ 0,13 por cota, reforçando o compromisso com a distribuição de rendimentos em um patamar elevado e alinhado ao CDI.