O Fundo de Infraestrutura da Suno, o SNID11, pagará R$ 1,15 por cota em dividendos aos seus cotistas no mês de dezembro.
O fundo terminou o mês de novembro com uma base de 4,5 mil cotistas. Os dividendos dos fundos da Suno são tradicionalmente anunciados nos dias 15 de cada mês e pagos no dia 25.
Quando alguma dessas duas datas não é um dia útil (feriado e fins de semana), o pagamento ou a divulgação é antecipada para o dia útil anterior.
Dividendos do SNID11
- Dividendos: R$ 1,15 por cota
- Data com: 15/12/2023
- Data de pagamento: 22/12/2023
- Período de referência: Novembro
- Dividend Yield da distribuição: 1,12%
- Dividend Yield anualizado: 14,36%
SNID11: apesar dos cortes da Selic, performance continua sólida, em tendência de alta
No relatório gerencial mais recente do Suno Infra Debêntures, o SNID11, a gestão destaca que apesar de o período de setembro a outubro ser marcado pelo corte na taxa Selic, a carteira do fundo segue resiliente e mostrando uma melhora da performance.
“É importante destacar que, apesar da queda das taxas de juros impactarem o resultado nominal do fundo, o resultado percentual em relação ao indexador (%CDI) tem aumentado”, diz o relatório gerencial do SNID11.
“Este aumento se deve ao fato de a carteira do fundo possuir um spread de crédito fixo que não sofre alterações devido às variações do indexador”, completa a gestão do FI-Infra da Suno.
É natural que, nominalmente, o fundo seja impactado por uma redução da Selic, dado que o portfólio é indexado ao CDI por conta dos DAPs – instrumento utilizado como hedge para troca do componente IPCA das debêntures incentivadas.
A gestão do fundo também destaca que o SNID11 vem conseguindo aumentar o percentual de retorno frente ao CDI, já considerando todos os custos operacionais do fundo.
“Isso exemplifica como um produto atrelado ao CDI continua sendo atrativo mesmo com um cenário de queda da taxa de juros. Ressaltamos a estratégia da gestão em linearizar os rendimentos distribuídos”, diz a Suno Asset no relatório.
“Conforme explicitado na tabela anterior, o carrego do fundo foi superior ao resultado que de fato foi distribuído até o mês de setembro, acumulando reservas para que os rendimentos mensais sejam linearizados e não sofram impactos no curto prazo“, completa.
Novidade na carteira do fundo da Suno
No relatório gerencial, a gestão do fundo ainda destacou o início de uma nova posição na carteira do SNID11, a ENAT21.
O ativo em questão é uma debêntures emitida pela Enauta (ENAT3), companhia do segmento de petróleo que é listada em bolsa.
“A Enauta possui 21 ativos, sendo 2 campos em fase de exploração dos recursos, Campos Manati e Atlanta, 1 campo desativado e outros 18 campos em fase exploratória”, destaca o SNID11 sobre a companhia.
O relatório gerencial lembra que no mês de setembro a Enauta veio a mercado, em sua 2° emissão de debentures, com um montante de R$ 1,1 bilhão, para fazer frente a esses investimentos.
“Porém optamos por nos expormos a empresa através da debênture, atrelada ao CDI, da 1° emissão, a ENAT21, por entender que o spread da debenture se encontrava mais atrativo”, diz a Suno Asset.
A alocação foi de 3,6% do patrimônio na debênture. Correspondendo a um financeiro de,
aproximadamente, R$ 1,2 milhões. A uma taxa de CDI + 4,59%
Conforme detalhado pela gestão, para realizar esta alocação foi feita a compromissada reversa no valor de R$ 1 milhão, para perfazer o caixa necessário para as aquisições.
Carteira do SNID11 não foi afetada por mudanças no mercado de crédito
Sobre o mercado de crédito, a gestão do fundo destaca que o período foi marcado pela abertura das taxas de juros dos títulos públicos atrelados ao IPCA (NTN-B).
Com isso, ocorre uma marcação negativa (desvalorização) dos títulos privados em geral.
“Essa abertura de taxas se deu por um contexto macroeconômico mais desafiador, impactado também pelas taxas de juros americanas, que deve se manter em um patamar elevado por mais tempo”, observa a gestão.
“O que, na margem, impossibilita o Banco Central Brasileiro de realizar cortes mais agressivos na Taxa Selic. Por fim, mesmo com um cenário mais desafiador, entendemos que não houve deterioração dos fundamentos dos credores que temos em carteira”, completam os gestores do SNID11.