Em seu relatório gerencial, o fundo Suno Infra de Debêntures, o SNID11, mostrou um carrego CDI+2,09% em sua carteira, fechando o período no qual o documento é relativo com R$ 99,31 de Cota Patrimonial e 238 cotistas.
Trata-se do primeiro relatório do fundo, dado que ele estreou em meados de dezembro, com emissão de 350 mil cotas de valor nominal R$ 100, perfazendo a captação total de R$ 35 milhões. Contudo, desde 7 de fevereiro já é possível comprar cotas do SNID11 nas corretoras, com o fundo estando disponível amplamente para os investidores.
No documento, a gestão esclareceu que o fundo não possuía exposição a debêntures da Americanas (AMER3), ativos que provocaram influência negativa em carteiras de outros fundos de mesma classe nos últimos meses, dada a crise desencadeada após a revelação de inconsistências contábeis bilionárias e a entrada da varejista em recuperação judicial.
Contudo, sendo um evento relevante no mercado, os problemas tiveram um impacto indireto.
“O efeito de contágio do caso Americanas nos demais ativos do mercado acabou por derrubar todos os preços e impactou de forma sistêmica não só os ativos da carteira, mas também de todo o mercado. A marcação a mercado (MtM) negativa no mês foi um detrator de performance, o que acabou por impactar de forma relevante o retorno da carteira”, diz a Suno Asset.
Apesar disso, a gestão acrescenta que se trata de um evento não recorrente e que não deve alarmar os investidores.
“Por mais que episódios assim sejam de certa forma inesperados e até impressionantes, vemos, na média, as companhias brasileiras reportando bons resultados, com níveis de alavancagem e endividamento controlados”, aponta a casa.
Atualmente a alocação da carteira do SNID11 é em debêntures de companhias menos alavancadas e que passam pelo crivo da gestão em termos de avaliação de crédito.
Veja a carteira do SNID11
- Debênture AEGP19, da Aegea – 9,7%
- Debênture ARML12, da Armac – 10%
- Debênture BRKPA0, da BRK – 10%
- Debênture COMR12, da Comerc – 4,3%
- Debênture ERDVA0, da EcoRodovias (ECOR3) – 9,2%
- Debênture LCAMC2, da Unidas (LCAM3) – 10%
- Debênture MOVI34, da Movida (MOVI3) – 4%
- Debênture MVLV19, da Movida – 4,3%
- Debênture OMGE13, da Omega (MEGA3) – 10%
- Debênture RRRP12, da 3R Petroleum (RRRP3) – 4,3%
- Debênture VAMO13, da Vamos (VAMO3) – 9,7%
- Debêntures VIXL25, da Vix – 10,1%
- Caixa – 4,6%
“Mantemo-nos positivos quanto à alocação e às perspectivas para a renda fixa este ano. Acreditamos que, em breve, os efeitos da contaminação sistêmica do mercado por conta dos eventos de crédito não recorrentes se dissiparão, melhorando o cenário para os ativos de crédito privado”, diz a Suno Asset.
“Em comum, temos na carteira ativos com boa performance operacional e capacidade comprovada de geração de resultados. Todas as companhias do portfólio têm alavancagem controlada e perspectivas estáveis e/ou positivas de geração de resultados no futuro”, completa.
Como funciona o fundo de infraestrutura da Suno
O fundo tem por objetivo investir em debêntures de empresas e projetos de infraestrutura que ajudam a impulsionar e desenvolver o nosso país.
O SNID11 é classificado pela norma como Renda Fixa e investe majoritariamente em crédito privado, como as debêntures – que são títulos de dívida de companhias.
“Seguindo o processo rigoroso de análise de crédito da Suno Asset, buscaremos investir nas melhores oportunidades de mercado, com foco em uma rentabilidade satisfatória para nossos cotistas ajustada ao menor risco possível”, diz a gestão do SNID11.