SNFZ11 segue estratégia patrimonial e vê Mato Grosso puxando safra recorde

O SNFZ11, fiagro da Suno Asset, manteve a distribuição de R$ 0,06 por cota em fevereiro, referente ao resultado de janeiro. Desde o início do fundo, o SNFZ11 acumula R$ 0,058 por cota em lucros não distribuídos. Para os próximos meses, o Fiagro aposta na safra de 2024/25 e nos avanços dos projetos de infraestrutura da Fazenda Coliseu.

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Com as cota do fundo negociadas a R$ 9,88, o dividend yield anualizado foi de 7,54%. Esse percentual é menor do que outros Fiagros, como o SNAG11, que tem um DY de 15% ao ano.

Durante uma live, o analista João Franzin, da Suno Asset, explicou que essa diferença decorre do foco estratégico do SNFZ11, que busca valorização patrimonial por meio de investimentos em fazendas. Já o SNAG11, por outro lado, prioriza investimentos em crédito, gerando maior fluxo de rendimentos aos cotistas.

“O SNFZ11 investe principalmente em propriedades agrícolas, envolvendo o ganho de capital no longo prazo. Já o SNAG11 tem uma abordagem voltada à distribuição, com ativos majoritariamente em crédito”, afirma Franzin .

O fundo apresenta um retorno médio de 8,92% e uma relação P/VP de 0,99, ou seja, suas cotas estão sendo negociadas praticamente pelo valor patrimonial.

Fiagros: expectativa de safra impulsiona perspectivas do fundo

A safra 2024/25 deve atingir um novo recorde na produção de soja no Brasil, conforme estimativas da Conab. A projeção aponta para 166 milhões de tonelada, um crescimento de 12,6% em relação à safra anterior, que foi impactada por condições climáticas adversas.

A fazenda do SNFZ11 está localizada no Mato Grosso, estado que deve superar a média nacional , com expectativa de um crescimento de 15% na produção. “O desempenho da safra é crucial para a rentabilidade do fundo, já que os contratos de locação estão diretamente ligados à produtividade das fazendas e à cotação da soja”, afirma Franzin.

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Infraestrutura avança: veja a Live do SNFZ11

O projeto de irrigação da fazenda Coliseu segue em desenvolvimento. Com um orçamento de R$ 7 milhões, a iniciativa busca aumentar a produtividade e mitigar riscos climáticos.

Segundo Franzin, todos os critérios regulatórios já foram atendidos, incluindo a autorização para coleta de água e a definição do projeto de segurança. O principal desafio era a falta de energia elétrica na região, mas foi firmado um acordo com a Energiza, empresa responsável pela distribuição, para a construção de uma linha de transmissão até a fazenda, sem custos adicionais para o fundo.

“A previsão é que o fornecimento de energia seja regularizado entre agosto e outubro. Assim que isso ocorrer, iniciaremos a aplicação da irrigação, o que agregará ainda mais valor ao Fiagro SNFZ11”, afirma Franzin.

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Vinícius Alves

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