SNFZ11, novo Fiagro da Suno Asset, já tem cotas sendo negociadas na B3

SNFZ11 tem foco na valorização de patrimônio e pode ser visto como investimento complementar ao SNAG11, voltado para dividendos.

O Suno Fazendas, Fiagro sob gestão da Suno Asset, começou a ser negociado nesta sexta-feira (16) na B3 com o ticker SNFZ11, criado com o objetivo de oferecer uma alternativa de investimento no agronegócio com foco na valorização patrimonial, de olho no potencial de aquecimento do mercado de terras agrícolas no Brasil.

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“Se a gente focar na região Centro-Oeste, nesse intervalo de 12 meses houve uma valorização de mais de 40% no valor dos imóveis”, diz Amanda Coura, diretora-geral da Suno Asset.

Nessa região, foram realizados os primeiros investimentos do Fiagro SNFZ11:

  • aquisição da Fazenda Coliseu, imóvel agrícola em Gaúcha do Norte (MT), propriedade com mais de 800 hectares, dos quais 448,96 hectares são destinados a culturas anuais, sendo que 67,63% são utilizados para lavouras, enquanto o restante possui vegetação nativa; o imóvel está arrendado à Jequitibá Agro;
  • aquisição de Certificados de Recebíveis Agrícolas (CRAs), com prazo de 15 anos e remuneração mensal de CDI + 4% ao ano, cujos recursos serão destinados pela Jequitibá Agro a financiar o novo sistema de irrigação da Fazenda Coliseu, possibilitando a implantação de mais 449 hectares de efetivo plantio no imovel.

O patrimônio líquido do SNFZ11 já cresceu desde a alocação, chegando a R$ 62.433.216,59 na atualização de 31 de julho, com valor por cota de R$ 10,07. São 6,2 milhões de cotas, colocadas em negociação ao preço de R$ 10, o mesmo valor patrimonial cobrado no momento da oferta pública inicial (IPO).

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SNFZ11 e SNAG11: investimentos complementares

A Suno Asset considera que o SNFZ11 deve ser visto de forma complementar a seu outro Fiagro, o SNAG11, que está em meio ao processo da 4ª emissão de cotas e tem foco na aquisição de ativos de crédito que proporcionam uma renda passiva estável, por meio da recorrência na distribuição de dividendos.

“O SNFZ11, apesar de sua exposição em operações de crédito e arrendamento de terras, concentra sua alocação e gestão em teses de equity agrícola, adquirindo terras que possuem um potencial de alta valorização no longo prazo, a fim de obter um ganho de capital relevante em vendas no futuro. Já o tese do SNAG11 passa por um investimento no crédito agrícola, explorando a demanda crescente de players do agronegócio a títulos e oportunidades de dívidas customizáveis e de longo prazo. Já o ”, diz a gestora no relatório do SNFZ11.

Desta forma, a empresa considera que os dois fundos são “teses complementares” que podem conviver tranquilamente na mesma carteira. “O SNAG11 traz rendimentos potenciais todos os meses, enquanto o SNFZ11, além desses proventos, apresenta uma tese de médio e longo prazo, para uma valorização potencial das terras que vai gerar lucro ao cotista”, diz Amanda Coura, da Suno Asset. 

E, mesmo com foco na valorização patrimonial, a gestora também projeta a distribuição de dividendos do SNFZ11 de forma regular, a ser estabelecida ao longo do segundo semestre, a partir das fontes atuais de receita: os CRAs e também o arrendamento da terra, com cap rate projetado entre 5% e 9% ao ano, de acordo com a flutuação do preço da soja.

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Fernando Cesarotti

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