Em julho, o SNFZ11 concluiu sua oferta, captando um total de R$ 62 milhões, o que elevou o Patrimônio Líquido do Fundo para R$ 62,4 milhões ao final do mês. Desses recursos, R$ 32,8 milhões foram alocados em imóveis, enquanto R$ 29,1 milhões foram investidos em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). O resultado do fundo em julho foi de R$ 284 mil.
Graças aos pagamentos do CRA, tanto o parcial de junho quanto o total de julho, o Fiagro acumula uma reserva de lucros de R$ 0,057 por cota. De acordo com a gestora, os primeiros dividendos do SNFZ11 serão distribuídos em 25 de setembro para os cotistas que tiverem participação em 13 de setembro.
Em relação às movimentações da carteira, o imóvel do SNFZ11 está arrendado para a Jequitibá Agro, responsável pelo manejo agrícola da fazenda. O pagamento referente ao arrendamento de julho será efetuado em 5 de agosto.
No que diz respeito aos dividendos, o guidance anunciado no último mês prevê R$ 0,055 por cota, com possível variação em função do preço da soja.
“Acreditamos que o SNFZ11 tende a apresentar menor volatilidade no valor patrimonial, embora os rendimentos possam ser mais voláteis devido à exposição ao preço da soja. Nossa gestão busca mitigar essa volatilidade, oferecendo um guidance de distribuição constante e previsível”, afirma a gestora do Fundo.
Fiagros onde investe o SNFZ11?
O Fiagro SNFZ11 investiu o valor captado em duas alocações específicas:
- aquisição da Fazenda Coliseu, imóvel agrícola em Gaúcha do Norte (MT), propriedade com mais de 800 hectares, dos quais 448,96 hectares são destinados a culturas anuais, sendo que 67,63% são utilizados para lavouras, enquanto o restante possui vegetação nativa;
- aquisição de Certificados de Recebíveis Agrícolas (CRAs) cujos recursos serão destinados, pelo respectivo devedor e enquanto produtor rural, em atividades de produção e comercialização de produtos agropecuários, principalmente no investimento em novo sistema de irrigação a ser instalado na Fazenda Coliseu, possibilitando a implantação de 449 hectares de efetivo plantio no imóvel, sob a responsabilidade da Jequitibá Agro.
Esse CRA, segundo a gestora do SNFZ11, terá prazo total de 15 anos, com remuneração mensal de CDI + 4% ao ano e amortização do valor principal a ser paga em seis parcelas nos últimos três anos.
SNFZ11 e SNAG11: investimentos podem ser complementares
A Suno Asset considera que o SNFZ11 deve ser visto de forma complementar a seu outro Fiagro, o SNAG11, que está em meio ao processo da 4ª emissão de cotas e tem foco na aquisição de ativos de crédito que proporcionam uma renda passiva estável, por meio da recorrência na distribuição de dividendos.
“A tese do SNAG11 passa por um investimento no agronegócio principalmente a partir do crédito agrícola, explorando a demanda crescente de players do agronegócio a títulos e oportunidades de dívidas customizáveis e de longo prazo”, diz a gestora.
Já o SNFZ11, apesar de sua exposição em operações de crédito e arrendamento de terras, concentra sua alocação e gestão em teses de equity agrícola, adquirindo terras que possuem um potencial de alta valorização no longo prazo, a fim de obter um ganho de capital relevante em vendas no futuro”, acrescenta a gestora no relatório do SNFZ11.