SNEL11: Fundo renova máximas históricas e ‘descola’ do IFIX
O fundo Suno Energias Limpas, o SNEL11, renovou suas máximas históricas nesta semana, mostrando uma valorização expressiva ao passo que o índice de referência, o IFIX, tem recuado nas últimas semanas.
A cotação do SNEL11 chegou a bater R$ 9,35, maior valor desde que o fundo começou a ser negociado em bolsa, em meados de 2023.
“Acredito que a performance acima do IFIX passa principalmente pelo amadurecimento da tese. Sempre demos muita transparência do que acontecia com o portfólio, e atingimos um momento onde a receita dos ativos passa a ser recorrente. Crescimento do número de cotistas e performance acima do IFIX reforçam a leitura de que o mercado está cada vez mais confiante no Fundo”, comenta Guido Andrade, Analista de investimentos na Suno Asset.
Atualmente o Suno Energias Limpas tem uma base de cotistas de mais de 12,1 mil investidores, além de R$ 134 milhões de patrimônio líquido.
O fundo possui uma cota patrimonial de R$ 7,12 e o P/VP é de 1,29, conforme os dados do último relatório gerencial.
Os dividendos do SNEL11 representam um yield anualizado de 13,9%.
SNEL11 tem receita milionária e avança com projetos de ativos em agosto
O fundo imobiliário registrou avanços em seus ativos de energia solar durante o mês de agosto, conforme apontado em seu relatório gerencial mais recente.
O fundo alcançou um resultado de R$ 2,3 milhões no período. Entre os destaques, está a UFV San Remo 1, um dos principais ativos do portfólio, que teve seu primeiro mês de operação plena, superando levemente as previsões estabelecidas pela gestora.
Embora o empreendimento UFV San Remo 1 ainda não tenha gerado receitas de locação, a expectativa é de que ele comece a contribuir para as receitas imobiliárias do fundo a partir de setembro, após um período de ramp-up de quatro meses.
Paralelamente, a UFV San Remo 2 está avançando com um ramp-up de 80%, o que vem resultando em um crescimento gradual do faturamento mensal. Além disso, a atualização da tarifa da CEMIG impactou positivamente o valor do aluguel. A gestora espera que o ativo atinja seu pleno potencial de receitas também a partir de setembro, consolidando os avanços do fundo no setor de energia solar.
Em relação à Amontada 2, o ativo recebeu seu primeiro fluxo de caixa da locação em agosto, embora sua contribuição ainda seja limitada, representando apenas 3,4% da capacidade instalada do portfólio do SNEL11. Por outro lado, os projetos Petrolina 1 a 4 estão enfrentando dificuldades operacionais por parte do inquilino, o que tem afetado negativamente o fluxo de locação. Isso se deve ao formato de “créditos compensados” previsto no contrato, que impacta o valor repassado ao fundo.
“A gestão intensificou as negociações com o inquilino e outros players do mercado para mitigar os possíveis impactos financeiros”, informou a gestora no relatório.
No projeto Itabira, foi firmado um aditivo ao contrato de locação, que permite o recebimento mensal das receitas de aluguel de acordo com a performance da usina. A Metrion foi contratada para operar e manter a usina, garantindo a qualidade dos serviços. Entretanto, um furto de cabos impactou a geração em agosto, causando uma queda de cerca de 39% e gerando um custo financeiro de R$ 8 mil.
Nos novos projetos da 2ª emissão, a UFV São Bento Abade, que faz parte do portfólio do SNEL11, alcançou 30,75% de avanço físico, com previsão de conexão à distribuidora local para dezembro de 2024. A UFV Mundo Melhor progrediu para 83,10%, com conexão esperada para novembro de 2024, enquanto a UFV Liberdade atingiu 79% de conclusão, com expectativa de conexão também para dezembro de 2024.