SNEL11 tem receita milionária e avança com projetos de ativos em agosto
O fundo imobiliário SNEL11 registrou avanços em seus ativos de energia solar durante o mês de agosto, conforme apontado em seu relatório gerencial divulgado nesta semana. O fundo alcançou um resultado de R$ 2,3 milhões no período. Entre os destaques, está a UFV San Remo 1, um dos principais ativos do portfólio, que teve seu primeiro mês de operação plena, superando levemente as previsões estabelecidas pela gestora.
Embora o empreendimento UFV San Remo 1 ainda não tenha gerado receitas de locação, a expectativa é de que ele comece a contribuir para as receitas imobiliárias do fundo a partir de setembro, após um período de ramp-up de quatro meses.
Paralelamente, a UFV San Remo 2 está avançando com um ramp-up de 80%, o que vem resultando em um crescimento gradual do faturamento mensal. Além disso, a atualização da tarifa da CEMIG impactou positivamente o valor do aluguel. A gestora espera que o ativo atinja seu pleno potencial de receitas também a partir de setembro, consolidando os avanços do fundo no setor de energia solar.
Em relação à Amontada 2, o ativo recebeu seu primeiro fluxo de caixa da locação em agosto, embora sua contribuição ainda seja limitada, representando apenas 3,4% da capacidade instalada do portfólio do SNEL11. Por outro lado, os projetos Petrolina 1 a 4 estão enfrentando dificuldades operacionais por parte do inquilino, o que tem afetado negativamente o fluxo de locação. Isso se deve ao formato de “créditos compensados” previsto no contrato, que impacta o valor repassado ao fundo.
“A gestão intensificou as negociações com o inquilino e outros players do mercado para mitigar os possíveis impactos financeiros”, informou a gestora no relatório.
No projeto Itabira, foi firmado um aditivo ao contrato de locação, que permite o recebimento mensal das receitas de aluguel de acordo com a performance da usina. A Metrion foi contratada para operar e manter a usina, garantindo a qualidade dos serviços. Entretanto, um furto de cabos impactou a geração em agosto, causando uma queda de cerca de 39% e gerando um custo financeiro de R$ 8 mil.
Nos novos projetos da 2ª emissão, a UFV São Bento Abade, que faz parte do portfólio do SNEL11, alcançou 30,75% de avanço físico, com previsão de conexão à distribuidora local para dezembro de 2024. A UFV Mundo Melhor progrediu para 83,10%, com conexão esperada para novembro de 2024, enquanto a UFV Liberdade atingiu 79% de conclusão, com expectativa de conexão também para dezembro de 2024.
SNEL11 registra dividend yield anualizado de 13,90%
Os investidores do SNEL11 que mantiveram suas cotas até o dia 13 de setembro receberam rendimentos de R$ 0,10 por cota, resultando em um dividend yield anualizado de 13,90%, com base na cotação de fechamento do mês.
No mercado secundário, o fundo enfrentou uma queda significativa nas cotas, que passaram de R$ 9,41 no fechamento de julho para R$ 9,17 no final de agosto. Durante o mês, o valor das cotas variou entre máximas de R$ 9,36 e mínimas de R$ 9,17. O retorno total no período foi de -1,49%, refletindo a diminuição nos preços no mercado secundário. No entanto, desde sua listagem em dezembro de 2023, o fundo acumula uma valorização de mais de 55%.
Em termos de liquidez, o fundo manteve um desempenho robusto, com um volume negociado de R$ 10.979.291,67 em agosto e uma média diária de R$ 499.059, demonstrando solidez nas operações de mercado.
Veja mais sobre a tese de investimento do Fundo
O SNEL11 é um fundo imobiliário que investe principalmente em energias limpas e renováveis, com atuação voltada a projetos de energia desde suas fases de desenvolvimento. Após esses projetos ficarem prontos, o fundo pode gerar receita com a venda de energia elétrica. Em agosto, o FII realizou um seu desdobramento de cotas, na proporção 1:15.