SNEL11 avança em captação e mira expansão com novas usinas solares
O fundo imobiliário SNEL11, da Suno Asset, segue fortalecendo sua tese de geração de renda com energia solar. Em março, o fundo anunciou a aquisição da Pirassununga Energia Renovável SPE Ltda., empresa que detém três usinas solares com contrato de locação de longo prazo. Os ativos estão 100% operacionais, com contrato no modelo “Take or Pay” válido até dezembro de 2039, o que garante previsibilidade de receita ao portfólio.

O empreendimento adquirido está conectado à rede da Elektro (Neoenergia) e conta com 2,5 MWac de potência instalada. As usinas, classificadas como GD1, já estão locadas para um player relevante do setor de energias renováveis, consolidando a estratégia do SNEL11 de combinar geração distribuída com contratos firmes de longo prazo.
Por sua vez, em fevereiro, um dos destaques do mês foi a reavaliação dos projetos San Remo, Petrolina e Amontada, que passaram de R$ 47,9 milhões para R$ 64,6 milhões, segundo novos laudos técnicos. A valorização de R$ 16,7 milhões, ou 34,8%, teve impacto direto na performance patrimonial do fundo.
Com isso, o retorno total do SNEL11 em fevereiro foi de 2,09%, o equivalente a 211,82% do CDI, 159,32% do IPCA e 110,84% do benchmark do fundo. A receita total do mês somou R$ 2 milhões, dos quais R$ 630 mil vieram das locações de usinas fotovoltaicas.
Apesar do desempenho positivo, a linha de receitas imobiliárias teve leve retração, influenciada por uma piora temporária no ativo de Petrolina. A gestora já trabalha em soluções para reverter esse cenário, seja por renegociação com o atual locatário ou substituição parcial das locações.
Captação do SNEL11 supera R$ 61 mi e liquidez permanece estável
A terceira emissão de cotas do SNEL11 já captou R$ 61,7 milhões, com a liquidação de 7.224.548 recibos. Em fevereiro, foram concluídas mais duas etapas de liquidações não institucionais, somando R$ 3,2 milhões líquidos.
No mercado secundário, o fundo manteve sua liquidez sólida, com volume negociado de R$ 8,58 milhões e média diária de R$ 429 mil, o que reforça o apetite dos investidores pelo ativo.
Perspectiva de estabilização favorece recuperação de preços
Segundo dados da ANEEL, a geração distribuída no Brasil teve uma desaceleração no início de 2025, com 131 mil novas conexões e 1.468 MW de potência instalada no bimestre — quedas de 5,7% e 2,8% em relação ao mesmo período de 2024.
A menor pressão de oferta pode beneficiar os fundos do setor, como o SNEL11, com expectativa de recuperação gradual dos preços médios de locação.