O SNCI11, o fundo Suno Recebíveis Imobiliários, distribuirá R$ 1,40 em dividendos no mês de junho, referentes ao exercício do Fundo Imobiliário (FII) em maio.
Com esses dividendos do SNCI11, o FII passa a ter 1,36% de dividend yield no mês e deixa o anualizado em cerca de 17,6% – indicador que o mantém acima da média da indústria de fundos imobiliários.
O pagamento de proventos acima da média se dá pela carteira majoritariamente atrelada ao IPCA, que faz com que, hoje, o fundo consiga distribuir um volume de proventos aos seus cotistas.
Esse patamar já havia sido adiantado pela equipe da Suno Asset nos meses anteriores.
“Nos próximos 60 dias, os dividendos terão um crescimento expressivo. Estamos com uma carteira majoritariamente indexada ao IPCA. Toda essa distribuição de dividendos tão elevada é por causa do IPCA alto. Em janeiro, o índice subiu cerca de 0,5%. Então a carteira de março, corrigida pelos dois meses anteriores, desempenhou melhor em termos de proventos”, disse Amanda Coura, líder de produtos estruturados da Suno Asset, em entrevista ao Suno Notícias, em maio.
À época, o fundo distribuiu R$ 1,450 por cota, ante R$ 1,3 no mês de abril.
Nesse cenário, a gestão do FII segue tentando manter a carteira em dia para lidar com o cenário macroeconômico – já que o IPCA atual está na casa dos 11,7%, apresentando um arrefecimento no acumulado de 12 meses, que tinha sido de 12% na leitura anterior.
“Estamos há algum tempo buscando balancear os indexadores do fundo para usufruir da alta dos juros. No próprio comunicado da 3ª emissão, o pipeline indicativo já apresenta alocação percentual em CDI maior do que os atuais percentuais na carteira do fundo”, afirma Vitor Duarte, CIO da Suno Asset.
A gestão também ressalta que tem visto investidores resilientes na sua base, mantendo as cotas desde o IPO, em meados de outubro de 2021. De lá para cá, o volume de cotistas saltou de 81 para 32,9 mil.
SNCI11 captou R$ 120 milhões em emissão com demanda alta
Recentemente o fundo finalizou sua terceira emissão de cotas com sucesso, captando todo o montante inicial e acionando o lote adicional, dada a demanda dos investidores.
Com isso, o Fundo Imobiliário teve uma arrecadação de R$ 120 milhões, com 120% de adesão à oferta.
Os recursos da emissão serão utilizados em:
- 64% de alocação em ativos indexados ao IPCA, com Spread médio de 9,49%
- 39% de alocação em ativos indexados ao CDI, com Spread médio de 4,40%
- 6% de alocação em ativos pré-fixados, com Spread médio de 26,80%
Iniciada em meados de maio, essa foi a 3ª emissão de cotas do SNCI11, conseguindo aumentar o tamanho do fundo em 48%. Por isso são agora R$ 370 milhões em Ativos Sob Gestão (AuM, na sigla em inglês).
Amanda Coura, da Asset, conta que a demanda total que o fundo teve na rodada de Montante Adicional implicaria em um rateio total de 54,47% das cotas solicitadas. Assim, como forma de atender os cotistas, a gestão optou pelo rateio discricionário e conseguiu aumentar o percentual dos investidores pessoas físicas para 66,67%.
“A janela mais estressada para captação do SNCI11 nos leva a entrar na oferta com dúvidas sobre a demanda dos investidores. Porém, assim como na segunda emissão, fomos surpreendidos positivamente pela procura de cotistas em pedidos de novas cotas na rodada adicional e nas sobras”, explica.