O Fundo Imobiliário Suno Recebíveis, ou SNCI11, pagou R$ 1 por cota na sua última distribuição, em linha com o valor distribuído desde meados de outubro do ano passado. Além disso, beira os 45 mil cotistas – sendo o mais ‘popular’ dos FIIs da Suno Asset – e fechou o ano de 2022 com um patrimônio líquido de cerca de R$ 420 milhões.
Para 2023, a expectativa da Suno Asset é de que o fundo siga sendo um bom ativo para investidores protegerem seu patrimônio da inflação e acumularem renda passiva.
Amanda Coura, Head de Produtos Estruturados da gestora, aponta que o patamar de rendimentos atual é “confortável” e representa uma “ótima relação de risco retorno, sendo competitivo”.
Além disso, aponta que o fundo fechou o ano com performance acima do IFIX, CDI e IPCA+7%, ainda que o ano tenha tido momentos conturbados.
A especialista destaca que o ano de 2022 foi relativamente turbulento para a classe de FIIs de papel – como o SNCI11 – devido aos meses que tiveram deflação no segundo semestre.
Assim, os fundos de papel sofreram com uma mudança brusca, saindo do período em que a inflação brasileira era de dois dígitos para um período em que houve deflação.
Apesar disso, a expectativa é de que os dividendos do SNCI11 sigam em um patamar relativamente elevado.
“Nós mantemos a estabilidade de rentabilidade, chegamos a 1,45% [de dividendo yield mensal] no pico da inflação. Mantivemos R$ 1 em dividendos com uma gestão ativa para manter o patamar de distribuição. No patamar atual, de R$ 1 ao mês, dá algo próximo de 15% ao ano isento de Imposto de Renda, algo que remunera bem o investidor, considerando que os rendimentos atípicos foram reflexo de uma inflação descontrolada”, explica.
Mudanças no portfólio do SNCI11
Ainda que a as carteiras de fundos de papel sejam majoritariamente indexadas ao IPCA por ser um indexador ‘exigido’ pelo mercado imobiliário, a Suno Asset tem calibrado as alocações vislumbrando mudanças macroeconômicas.
Levando isso em consideração, juntamente com as projeções de IPCA e Selic para 2023, a gestão do FII da Suno já realizou alocações mais atreladas aos juros e diminuiu a exposição ao IPCA.
Atualmente, a carteira tem algo próximo de 70% de indexação ao IPCA, ante aproximadamente 30% dos ativos indexados ao CDI.
Ou seja, a exposição ao CDI foi praticamente multiplicada por três, dado que em meados de janeiro de 2022 o fundo tinha somente cerca de 10% do portfólio indexado ao CDI.
“O SNCI está bem confortável com essa exposição. Esse não é um ano com previsão de deflação, então temos segurança com essa exposição atual, e também não queremos desviar o fundo do foco dele”, comenta Coura.
Investimento em transparência
Além de ultrapassar os benchmarks e pagar rendimentos relativamente altos, o SNCI11 investiu em transparência em 2022, fornecendo mais dados e mais detalhes aos cotistas, além dos comunicados oficiais e que são feitos por obrigação regulatória.
Um dos exemplos são os relatórios de risco, publicados semestralmente com detalhes sobre o risco de crédito dos ativos da carteira do fundo.
Além disso, os dados transparecidos nas páginas oficiais da Suno Asset através do software Microsoft Power BI também contribuem para o cenário, fornecendo mais interatividade e mais detalhes sobre a carteira e a performance do fundo.
“Toda novidade e tudo que é disruptivo tende a dividir as opiniões. Quando começamos com isso, tivemos muita opinião dividida sobre o primeiro relatório, que foi do SNFF, em PowerBI. Mas o mercado passou a entender a importância disso, de poder filtrar o período de tempo, ver a melhora da performance e tudo mais”, relata.
Informações sobre o fundo
Todas as informações aos cotistas e de transparência podem ser acessadas na página oficial do SNCI11 no site da Suno Asset, incluindo as cartas de gestão, os relatórios de risco, dividendos e demais dados.