SNCI11 chega a 30 mil cotistas e prevê mais dividendos à frente
Desde que chegou à prateleira das corretoras, em outubro do ano passado, o FII Suno Recebíveis (SNCI11) tem aumentado sucessivamente seus dividendos, com exceção do último anúncio de proventos, em abril, em que o fundo pagou R$ 1,30 por conta ante R$ 1,40 do mês anterior.
Com forte retorno em rendimentos, um mês após romper a marca de 25 mil cotistas, o fundo imobiliário SNCI11 chegou a 30 mil investidores nesta semana.
Na próxima sexta (13), a Suno Asset fará o anúncio oficial dos novos dividendos do fundo, que segue remunerando seus cotistas em patamares superiores à indústria de fundos imobiliários.
Vale frisar que, atualmente, a maior parte da carteira do SNCI11 é indexada à inflação – ou seja, o pagamento de proventos varia com base no IPCA de meses anteriores, retroativamente.
Conforme explicado por Amanda Coura, da Suno Asset, em entrevista ao Suno Notícias, dada a alta do IPCA nos últimos meses, a expectativa é de que os proventos a serem anunciados sejam mais altos.
“Nos próximos 60 dias, os dividendos terão um crescimento expressivo. Estamos com uma carteira majoritariamente indexada ao IPCA, de modo que toda essa distribuição de dividendos tão elevada é por causa do IPCA alto. Em janeiro, o índice subiu cerca de 0,5%, então a carteira de março, que é corrigida pelos dois meses anteriores, desempenhou melhor em termos de proventos”, destaca.
Inflação alta garante bons dividendos
O FII possui expectativa de bons proventos neste ano. Isso porque, nas projeções atuais, a maioria dos analistas ainda vê uma inflação persistente em 2022. Segundo o Boletim Focus mais recente, do dia 2 de maio, o consenso de mercado mira um IPCA de 7,89% em 2022, em previsão maior do que a semana anterior, de 7,65%.
“No ambiente atual ainda vemos uma ambiente com IPCA bem alto. Todas as frentes da inflação subiram, tudo está caro, todos os itens estão com preços ‘estressados’. Ou seja, o BC deve continuar uma escalada de juros, acima do que era esperado [nas projeções anteriores], já que a inflação ainda está descontrolada”, ressalta Coura.
Ainda que o consenso dos analistas aponte uma inflação persistente, a operação do fundo também visa aportes maiores no CDI, indicador que acompanha os juros, e em títulos que reduzam o impacto quando o IPCA reduzir.
Neste cenário, os FIIs que investem em títulos de renda fixa – que é o caso do SNCI11 – como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), conhecidos como “fundos de papel”, estão entre os mais negociados na Bolsa nos últimos 12 meses.
Nesse período, de cada 10 fundos imobiliários negociados na Bolsa, 7 foram “fundos de papel”.
Raio-X do SNCI11
Entrando na bolsa em outubro de 2021, o SNCI11 está com portfólio totalmente alocado, ainda que o SNCI11 tenha R$ 250 milhões de patrimônio.
Os R$ 250 milhões são, em parte, fruto da segunda emissão de cotas, que foi um feito raro na indústria de FIIs, já que a oferta captou todo o montante inicial e ainda acionou o lote adicional. No total, a arrecadação foi de R$ 83,1 milhões, com 120% de aproveitamento na oferta.
“Com os recursos da emissão e pré-pagamento em caixa o time de gestão preparou uma estratégia de alocação eficiente para minimizar os efeitos do carrego de caixa, em que 40 milhões já seriam investidos em 3 operações que já estavam prontas para liquidação e o restante seria aplicado em compromissadas de CRI, com rendimento aproximado de IPCA + 5,5% a.a. Das 3 operações que seriam investidas no mês de março, uma passou por problemas no cadastro final da CETIP e teve sua liquidação adiada para o dia 01/04, as outras duas ocorreram dentro do planejado”, diz a Carta do Gestor mais recente do FII.
O dividend yield atual é de 1,25% com cota a R$ 104,10, segundo a cotação do pregão desta terça (10), em que há alta de 0,096% no intradia. Há taxa de administração: 0,85% ao ano – sendo 0,70% a.a. gestão e 0,15% a.a. de administração.
Em termos de perfil, o fundo é direcionado para investidores de longo prazo, com média de permanência de no mínimo cinco anos.
“O investidor precisa ter mais disciplina de reinvestimento. O SNCI11 paga excelente rendimentos sem cobrança de IRPF. A pessoa física deve reinvestir. Somos um fundo diferente dos demais FIIS de papel, porque temos risco médio, com várias operações de riscos diferentes, mantendo um portfólio equilibrado. Os riscos são pulverizados; atrelados à localização, perfil de devedor e tudo mais”, explica Amanda Coura, da Suno Asset.
“É um fundo de risco médio-ponderado. Ou seja, temos risco médio com um rendimento excelente, pagando proventos maiores do que fundos de risco elevado. Além disso, o alinhamento do investidor é maior. Temos um time de gestão ativa, com operações estruturadas que fazemos do zero. Desenhamos as operações, algo que você não encontra em outros fundos do mercado”, segue.
Todos os dados de transparência – um ponto de destaque do FII – sobre o SNCI11 podem ser visualizados na página oficial do fundo e também nos meios oficiais e em todos os canais da Suno.