O SNAG11, Fiagro de crédito da Suno Asset, atingiu nesta semana seu patamar máximo de rentabilidade, de 35,94%. O número considera o período entre 12 de agosto de 2022, quando passou a ser listado e negociado na B3, após o IPO (oferta pública inicial), e a última quarta-feira (24), quando o preço de fechamento foi de R$ 10,04.
O cálculo, realizado por João Vitor Franzin, analista de crédito estruturado da Suno Asset. leva em conta a variação no preço da cota e também os dividendos distribuídos no período, o que permite à gestão projetar que todos os mais de 96 mil cotistas que estão posicionados no fundo hoje tiveram algum lucro com seu investimento.
A afirmação se justifica com o ajuste das cotações a partir dos rendimentos pagos. Segundo a gestora, a conta é válida mesmo com o fato de o Fiagro SNAG11 ter chegado à máxima histórica de R$ 10,40, em setembro de 2023, e ter fechado em R$ 10,01 no último dia útil de junho, uma queda de 3,75%.
“O investidor que adquiriu cotas no topo histórico ainda está com um lucro considerável, porque, apesar da queda de R$ 0,39 na cotação, recebeu R$ 1,05 por cota em rendimentos nesse período. Esse valor supera a oscilação negativa, garantindo lucro ao investidor que comprou a cota a R$ 10,40”, diz a Suno Asset no relatório gerencial de junho.
SNAG11: segurança da carteira permite lucro
O SNAG11 segue apresentando inadimplência zero desde seu IPO (oferta pública inicial), passando ileso um período em que vários Fiagros enfrentaram problemas com produtores que tiveram quebra de safra, inclusive com casos de recuperação judicial, o que causou, em algumas situações, impactos na distribuição de dividendos e quedas acentuadas no valor de mercado. “Alguns Fiagros assumiram riscos excessivos ao conceder crédito a players sem capacidade de pagamento, resultando em prejuízos para seus cotistas”, diz a gestora.
A partir de análise similar feita pela Quantum com todos os fundos de setor negociados em bolsa, a gestão verificou que o SNAG11 é o único Fiagro a apresentar lucro a praticamente 100% dos atuais cotistas.
O gráfico abaixo mostra o percentual de pregões em que cada fundo teria dado prejuízo ao investidor a partir da compra naquela data, mesmo com oscilações positivas e dividendos distribuídos posteriormente.
A Suno Asset diz que, em contraste, outros fundos, como o SNAG11, optaram por uma escolha mais criteriosa de devedores, “com balanços sólidos e plenamente capazes de cumprir suas obrigações”.
A gestora avalia como acertada a decisão de optar por um perfil mais próximo do high grade do que do high yield, com privilégio da segurança na aquisição de títulos de dívida em detrimento de taxas nominais mais atrativas, porém com maior risco de inadimplência.
“Priorizamos a segurança dentro da carteira de ativos investidos, com players do agronegócio que possuíssem graus específicos de governança, capacidade de crédito e desenhos de estruturas que garantissem a saúde das operações. Com isso, mesmo em um momento desafiador para a indústria e para o agronegócio, o fundo se viu ileso de eventos de inadimplência, entregando uma das melhores relações entre risco e retorno de toda a indústria de Fiagros”, conclui a gestão do SNAG11.