O SNAG11 apresentou um distribuição de R$ 0,10 por cota, enquanto o lucro por cota atingiu R$ 0,06 referente aos resultados de novembro. Em uma live promovida pela Suno Asset, o analista João Vitor Franzin explicou os impactos do cenário econômico no Fiagro.
O rendimento do SNAG11 quando anualizado correspondeu a um dividend yield de 13,26%, enquanto o yield consolidado da carteira alcançou 17,77%.
A cota patrimonial do fundo subiu de R$ 10,06 em outubro para R$ 10,21 em novembro, refletindo a valorização de CRAs avaliados pela administradora. No mesmo período, o preço de mercado fechou em R$ 9,59, resultando em um P/VP de 0,94.
Outro ponto positivo foi o aumento da base de investidores em cerca de mil novos cotistas em novembro. Ademais, o guidance divulgado em setembro, de distribuir R$ 0,10 por cota até o final do ano, foi confirmado.
“O fundo teve um retorno 24% superior ao CDI em novembro, já considerando o desconto do imposto de renda, o que demonstra o diferencial competitivo do SNAG11 em relação a outras opções de investimento”, afirma o analista.
SNAG11: carteira atrelada ao CDI
A composição da carteira do SNAG11 inclui cerca de 90% de ativos indexados ao CDI, como CRAs e FDICs, o que a torna sensível ao número de dias úteis no mês. Em novembro, o menor número de dias úteis, devido a feriados, impactou o rendimento, mas a estratégia do fundo garante estabilidade.
“Os ativos atrelados ao CDI, como CRAs e CDBs, rendem apenas em dias úteis. Para evitar grandes oscilações, acumulamos parte do resultado em meses com mais dias úteis, equilibrando os meses com menor número de dias úteis”, afirma Franzin.
A rentabilidade da carteira em novembro foi CDI + 2,67%, considerando tanto os CRAs quanto as receitas provenientes de imóveis arrendados. O analista também destacou o histórico de 0% de inadimplência do fundo desde seu lançamento em agosto de 2022.
O retorno médio dos CRAs na carteira atualmente é de CDI + 3,57%, e há planos de ampliar a exposição ao CRA Cultura para R$ 50 milhões, representando 8,2% do patrimônio líquido, o que deve elevar o retorno para CDI + 3,67%.
Cotação SNAG11
Impacto da Selic e projeções para a safra
Com a expectativa de alta da Selic em 2025, sinalizada pelo Banco Central, o fundo projeta um cenário favorável para os rendimentos. “Quando a Selic sobe, o CDI acompanha, melhorando automaticamente a remuneração dos CRAs, que compõem a maior parte da nossa carteira. Isso resulta em mais recursos para distribuir aos investidores”, explicou Franzin.
Caso o cenário de juros altos se confirme, o analista acredita que o patamar de distribuição de rendimentos poderá ser elevado.
Além disso, a exposição do fundo às principais culturas agrícolas do Brasil, como soja e milho, reforça sua robustez. Segundo projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a safra de 2025 deve ter um aumento de 8,3% na produção total de grãos em relação ao ciclo anterior.
Franzin enfatizou que o fundo possui devedores sólidos e bem capitalizados, reduzindo os riscos de inadimplência. “O Brasil tem liderado os avanços globais em produtividade agrícola, e isso reforça a competitividade do setor no longo prazo”, conclui.
Veja a Live do SNAG11
Com a alocações prevista para dezembro, a gestão do SNAG11 concluirá o uso dos recursos da 4ª emissão de cotas. Como resultado, o carrego atual da carteira está em CDI + 3,57%, com projeção de atingir CDI + 3,67% no próximo mês.
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