Em abril, o SNAG11 continuou com uma posição favorável em termos de relação entre risco e retorno quando comparado a 2023, antes dos problemas pontuais do agro se intensificarem. O fundo ficou à frente de outros Fiagros no mercado.
Segundo a gestora do SNAG11, muitos Fiagros optaram por financiar empresas que apresentam maiores riscos, sendo que, devido ao cenário atual, esses riscos estão se materializando.
Por causa das condições climáticas adversas, que reduziram as projeções da safra 23/24, os preços das commodities agrícolas estão próximos às mínimas históricas dos últimos anos e muitos players do setor experimentaram quedas substanciais em margens e geração de caixa.
“É importante destacar que boa parte desse grupo de empresas com problemas consideráveis de solvência está sendo financiada por outros Fiagros, situação muito contrastante do que ocorre com o SNAG11”, diz o Fundo em comunicado.
Ao analisar o total return (cotação + rendimentos) dos 20 principais Fiagros destinados a investidores em geral da indústria (foto acima), o SNAG11 apresentou resultados superiores aos da média, sem enfrentar problemas de crédito com seus devedores e mantendo inadimplência zero.
Para a gestora, a atual situação reflete não apenas a capacidade do fundo de resistir às adversidades, mas também sua habilidade de se adaptar a ambientes de estresse, visando o longo prazo.
SNAG11: “Seleção dos devedores é crucial para desempenho”, diz gestora
De acordo com a Suno Asset, o desempenho registrado foi fruto de um meticuloso processo de seleção de devedores, escolhidos por possuírem possuem balanços sólidos e uma capacidade de enfrentar períodos turbulentos no agronegócio.
“Mesmo durante este período desafiador, o fundo conseguiu aumentar significativamente o spread de crédito em suas operações”, afirma a gestora.
“O fundo aproveitou a oportunidade e foi capaz de aumentar significativamente seu spread de crédito, mantendo o risco da carteira em níveis similares, como pode ser comprovado pela análise Serasa, que avalia a qualidade de crédito dos mais de 250 devedores do fundo de forma independente”, acrescenta a gestora.
Fiagros têm resultado negativo no mercado secundário, aponta Bloxs
Segundo levantamento feito pela Bloxs Capital Partners, a pedido do jornal Valor Econômico, cerca de 88% dos Fiagros estão com desempenho negativo no mercado secundário – ou seja, tiveram queda no valor de mercado no acumulado deste ano. Na média ponderada, a queda desses ativos é de 8,48%.
Por sua vez, o SNAG11, VGIA11 e RZAG11 foram alguns dos Fiagros com maior volume de negociação em março deste ano, de acordo com relatório divulgado pela B3 (B3SA3).
Desde seu IPO, o SNAG11 tem apresentado uma rentabilidade que ultrapassa o IPCA+7% em 3,5%,
enquanto supera o CDI líquido em 4,5%.