A Smiles (SMLS3) informou, na manhã desta quarta-feira (15), que a parceria com a Gol (GOLL4) é vantajosa, podendo trazer um retorno anual de até 8,3% à companhia. A informação foi publicada em um comunicado que responde às contestações sobre a operação entre as duas empresas.
Os acionistas minoritários da Smiles questionam a compra antecipada de passagens aéreas da companhia área — que é sua controladora –, no valor total de R$ 1,2 bilhão. O entendimento é de que o negócio não é benéfico à operadora de programas de fidelidade, e deve ser anulado.
Os investidores da Smiles afirmam que, caso contrário, a Gol deverá indenizar a empresa, e os executivos de ambas as companhias devem ser processados.
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Na última terça-feira (14), os acionistas minoritários receberam a informação de que o Conselho de Administração da Smiles marcou uma assembleia extraordinária de acionistas para agosto. No encontro, será discutida a possível ação judicial contra a diretoria da operadora.
Smiles enxerga vantagens no negócio
Devido à pressão exercida pelo mercado nos últimos dias, a diretoria da Smiles divulgou o comunicado, que contém seis páginas, apresentando os pontos os quais enxerga como vantajosos à empresa. O primeiro deles é que a parceria, por si só, gera um valor econômico de R$ 85 milhões para a empresa, calculado a valor presente.
Além disso, a companhia salienta que, enquanto os recursos não forem, de fato, desembolsados na quitação das passagens, estarão aplicadas em investimentos de renda fixa com o redimento de 115% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
“Somando-se apenas o valor econômico gerado pelos benefícios comerciais acima quantificados e pela taxa que remunerará o saldo dos créditos, é estimado que a operação gerará um retorno equivalente a 8,3% ao ano, considerando a curva projetada atual do CDI”, diz o comunicado.
Veja também: Justiça determina que Smiles se manifeste sobre acordo com a Gol
A nota, assinada pelo diretor financeiro e de relações com investidores da Smiles, Hugo Reis de Assumpção, vem em meio à uma forte turbulência na relação entre as partes com os investiores. Em reflexo disso, na última segunda-feira as ações de ambas as empresas encerraram o pregão em forte queda, com a Gol recuando 3,49% e a Smiles, 2,76%.