Smiles (SMLS3) confirma assembleia com acionistas minoritários
A Smiles (SMLS3) comunicou ao mercado na última quarta-feira (5) que tomou conhecimento da convocação de assembleia por acionistas minoritários para discutir o acordo com Gol (GOLL4)de adiantamento de R$ 1,2 bilhão na compra de passagens.
De acordo com a empresa de programa de fidelidade, a Assembleia Geral Extraordinária foi convocada para o dia 20 de agosto, com o início previsto para às 11h. A Smiles informou que “avaliará o assunto e as medidas cabíveis junto aos seus assessores jurídicos”.
No início de julho, a empresa anunciou que faria um adiantamento à Gol — controladora que possui 52% de participação — no valor de R$ 1,2 bilhão como venda antecipada de passagens aéreas. No entanto, o acordo gerou descontentamento entre os sócios minoritário, que juntos, têm 4% das ações da Smiles.
A Justiça, em resposta ao pedido de liminar feito pelos acionistas minoritários sobre o acordo com a Gol, determinou cinco dias para empresa de milhas se manifestar sobre a solicitação de seus sócios.
Em resposta, a Smiles informou que a parceria com a companhia aérea é vantajosa, podendo trazer um retorno anual de até 8,3% à companhia. A informação foi publicada em um comunicado com seis páginas que explica às contestações sobre a operação entre as duas empresas, apresentando os pontos os quais enxerga como vantajosos à Smiles. O primeiro deles é que a parceria, por si só, gera um valor econômico de R$ 85 milhões para a empresa, calculado a valor presente.
Além disso, a companhia salientou que, enquanto os recursos não forem, de fato, desembolsados na quitação das passagens, estarão aplicadas em investimentos de renda fixa com o rendimento de 115% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
“Somando-se apenas o valor econômico gerado pelos benefícios comerciais acima quantificados e pela taxa que remunerará o saldo dos créditos, é estimado que a operação gerará um retorno equivalente a 8,3% ao ano, considerando a curva projetada atual do CDI”, diz o comunicado.
O entendimento, por parte dos acionistas minoritários, é de que o negócio não é benéfico à Smiles, e deve ser anulado.