Smart Fit deixa lucro e tem prejuízo de R$ 144,7 milhões no 1T21

A Smart Fit teve um prejuízo líquido de R$ 144,7 milhões no primeiro trimestre deste ano. O resultado, divulgado na noite do último sábado (15), reverte o lucro de R$ 16,9 milhões no mesmo período do ano passado.

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A receita bruta da companhia caiu 38,1% na mesma base comparativa, saindo de R$ 652,7 milhões para R$ 404 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Smart Fit tombou quase 90%, para R$ 21,3 milhões.

O primeiro trimestre foi impactado pela segunda onda da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Em novembro de 2020, 94% de todas as unidades estavam abertas, e esse número foi caindo gradativamente até março, até um mínimo de 57%.

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A empresa, que além do Brasil possui operações no México, Colômbia, Chile, Peru, Panamá, Costa Rica, Argentina e Paraguai, encerrou março com 2,38 milhões de clientes, avanço de 8,1% sobre o trimestre imediatamente anterior. Um substancial crescimento foi observado nos planos congelados. Em março eram 276 mil, ou 14% da base de clientes das academias na América Latina.

As despesas na comparação de ano contra ano ficaram estáveis, saindo de R$ 112 milhões para R$ 107 milhões. Mesmo assim, a empresa queimou R$ 48,3 milhões do caixa ajustado, enquanto um ano antes havia reportado a geração de R$ 77,1 milhões.

A empresa conseguiu enxugar o Capex do período. No primeiro trimestre do ano passado, foram investidos R$ 239 milhões para a manutenção das operações da empresa; no quarto trimestre de 2020, foram R$ 80,3 milhões; já no primeiro trimestre deste ano, foram R$ 54,3 milhões, recuo de 77,3%.

“A companhia suspendeu significativamente o início de construção de novas academias, reduziu o ritmo de obras das unidades em construção, e priorizou serviços de manutenção de academias em operação”, salientou a Smart Fit em comunicado. Ao todo, são 928 unidades, com 78 aberturas nos últimos 12 meses.

Dívida líquida da Smart Fit cresce e alavancagem financeira dispara

A companhia encerrou o primeiro trimestre deste ano com R$ 908,2 milhões em caixas e garantias, estimulado pelo aumento de capital realizado em dezembro de 2020. Isso não impediu com que a dívida líquida subisse 42,8% em um ano, para R$ 1,98 bilhão.

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Com o Ebitda sendo impactado pela pandemia, a alavancagem financeira, que é medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, saltou de 1,94 vez para 15,75 vezes. No entanto, quase 80% da dívida total da empresa está no longo prazo, ou seja, terá de ser paga em mais de 12 meses daqui para frente.

A direção da empresa comentou que “busca o alinhamento do perfil de vencimentos da dívida com sua geração de caixa operacional, e a captação de dívida em moeda local, em cada país onde opera”.

Pelo lado positivo, a empresa disse que seu ecossistema fitness, que reúne academias e aplicativos digitais, continuou sua trajetória de crescimento no primeiro trimestre. No canal digital, o número de clientes avançou 14,6% contra o quarto trimestre do ano passado, para 434 mil pessoas.

Esse processo de crescimento foi impulsionado pela “contínua evolução do Queima Diária, que é a principal plataforma digital da empresa e líder em conteúdo fitness on-demand no Brasil”. O Smart Fit Nutri também foi destaque, atingindo 63 mil clientes no primeiro trimestre.

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Jader Lazarini

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