Confira as 5 small caps que mais valorizaram em janeiro
A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) passou por um período de alta volatilidade neste mês. Após iniciar janeiro de forma promissora, o Ibovespa, nos últimos dias, foi balançado por ganhos e perdas vindas do exterior. Algumas small caps, no entanto, tiveram um desempenho melhor do que a média do mercado.
As preocupações nos últimos dias se passaram tanto pelo avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no País, como por um sentimento de cautela no exterior em função do caso do GameStop, chamando atenção para as “bolhas” do mercado. Entretanto, algumas small caps fortes da economia interna não sofreram com as incertezas e encerraram em alta.
De acordo com o SMAL11, ETF que replica a carteira teórica de small caps do mercado, seguindo seus critérios metodológicos, veja quais foram os cinco papéis que mais valorizaram em outubro. É importante reforçar que esta matéria não é uma recomendação de investimento.
As small caps que mais valorizaram em janeiro
Locaweb
A Locaweb (LWSA3) foi o principal destaque do mês entre as small caps. A companhia, que é uma das pioneiras em soluções business to business (negócios entre empresas) e da transformação digital de negócios no Brasil, encerrou o mês com uma alta de 29,77%, a R$ 102,22. Desde sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), no começo do ano passado, os papéis da subiram quase 400%.
Segundo Rodrigo Wainberg, especialista pela carteira de small caps da SUNO Research, a “companhia está desfrutando de um ciclo favorável, e com sua estratégia de crescimento inorgânico agressiva resultou numa elevação expressiva em sua base de clientes, assim como diversificado seus negócios”.
“A startup Melhor Envio, adquirida em dezembro do ano passado, calcula o melhor preço do envio com diferentes transportadoras, oferecendo ao cliente final preços competitivos de frete. Com estas e outras aquisições, a Locaweb está preparada para surfar o crescimento do e-commerce“, afirma o especialista.
SLC
A SLC Agrícola (SLCE3), criada em 1977 pelo Grupo SLC, é uma das maiores produtoras mundiais de commodities, como grãos, fibras, algodão, soja e milho.
A operação da companhia é baseada em um sistema de “produção moderno, com alta escala, padronização das unidades de produção, tecnologia de ponta, controle rigoroso dos custos e responsabilidade socioambiental”, informa a empresa.
Neste mês, a alta das ações foi impulsionada pela forte demanda por soja e milho, e a desvalorização do real frente ao dólar. “É um excelente momento para as exportadoras, que desfrutam da robusta demanda chinesa por commodities. A SLC dispõe de terras em seu balanço, e existe um componente dolarizado no valor destes ativos, dado o yield de grãos que geram receitas em dólar”, disse o analista.
As ações da SLC encerraram janeiro cotadas a R$ 34,63, após uma alta de 24,75%.
Portobello
A catarinense Portobello (PTBL3), fundada em 1979, atua no ramo de reinvestimentos cerâmicos. Com duas plantas no Brasil, em Tijucas (SC) e Marechal Deodoro (AL), a empresa detém 205 mil metros quadrados de área construída, considerado o maior parque febril do ramo na América Latina.
No início da última semana, o BTG Pactual (BPAC11) adicionou a empresa em sua carteira recomendada semanal e, na sexta-feira, o BB-BI incluiu o ativo nas recomendações de fevereiro. Os papéis da companhia terminaram o mês com uma alta de 19,46%, a R$ 7,96.
Indústrias Romi
A origem da Indústrias Romi (ROMI3) remonta a uma oficia de reparo de automóveis, em Santa Bárbara d’Oeste, na década de 1930. Hoje, a empresa fornece seus produtos para os mais variados segmentos, como aeronáutica, defesa e integrantes da cadeia automobilística, localizadas em todos os continentes.
O portfólio de produtos da empresa conta com máquinas-ferramenta (que trabalha metal por arranque de cavaco), máquinas para processamento de plásticos e peças de ferro fundido cinzento e nodular, fornecidas brutas ou usinadas.
Wainberg aponta que “o crescimento da carteira de pedidos no terceiro trimestre de 2020 foi de 40,9% contra o mesmo período de 2019, e o resultado deve continuar pujante no quarto trimestre. Mas é importante entender que a lógica do setor é cíclica e dependente do crescimento da economia brasileira”.
A empresa, que é negociada no Novo Mercado, mais alto nível de governança da B3, encerrou janeiro a R$ 15,88, após uma alta de 18,60%. O valor de mercado da companhia gira em torno de R$ 1,16 bilhão.
Santos Brasil se destaca entre as small caps
A Santos Brasil (STBP3), criada em 1997, opera em cinco terminais marítimos, sendo três terminais de contêineres, um terminal de carga geral e um terminal exclusivo para movimentação de veículos. Atualmente, a companhia possui o arrendamento do Tecon Santos até 2040.
O foco da empresa é “realizar operações portuárias e logísticas de contêineres e veículos em regiões do Brasil e do mundo que apresentem potencial para acelerar seu ritmo de crescimento e desenvolver, de forma responsável, gateways portuários que representem as portas de entrada e de saída de cargas de suas respectivas regiões”.
Em janeiro, as ações da empresa, que ficou em quinto lugar dentre as melhores small caps do mês, subiram 18,01%, encerrando o pregão da última sexta-feira (29) a R$ 6,16.