Com uma valorização expressiva de 40% no acumulado de junho, as ações da Ambipar (AMBP3) fecharam cotadas a R$ 45,56 no final do mês, liderando as altas das small caps – as empresas listadas com valor de mercado abaixo de R$ 1 bilhão.
Logo atrás, a Wiz (WIZS3) mostra uma alta ainda expressiva, com valorização de 37% no mês, tendo a segunda maior rentabilidade dentre as small caps da bolsa.
Apesar das altas expressivas, o SMAL11, ETF que replica a carteira teórica de small caps listadas, teve um mês estável, andando de lado com uma queda tímida de 0,05%.
Nas duas pontas, contudo, as maiores altas tiveram valorizações acima de 25%, ao passo que as maiores quedas não somaram desvalorização maior do que 15%.
As maiores quedas em small caps em maio foram:
- Ambipar (AMBP3): +40,04%
- Wiz (WIZS3): +37,22%
- Portobello (PTBL3): +29,03%
- Recrusul (RCSL4): +27,49%
- Marcopolo (POMO4): +26,49%
Ambipar
A alta da companhia se dá especialmente pelo volume de aquisições, que só vem aumentando nos últimos meses. A última compra foi de 100% da Disal Ambiental Holding, através de uma controlada direta, a Environmental ESG Participações.
Apesar de não ter citado valores, a aquisição deve ter sido responsável por uma grande expansão da empresa. Segundo o site Brazil Journal, a transação para a compra da chilena custou cerca de R$ 800 milhões à Ambipar.
De acordo com a o fato relevante sobre a aquisição, a Disal atua há mais de 40 anos com soluções integradas de gestão ambiental no Chile, Peru e Paraguai, regiões onde possui posição de liderança de mercado e vanguarda tecnológica.
Wiz
O grande rali dos papéis se deu no início da segunda semana do mês, quando a Wiz sinalizou alienação da posição estatal na companhia.
No fato relevante da manhã do dia 8, a companhia citou que tomou conhecimento da intenção da Caixa Seguridade (CXSE3) em vender a participação acionária indireta detida na empresa, após a deliberação do Conselho de Administração da estatal.
Com o movimento de desinvestimento, a ação saltou 3% no dia, acumulando 23% nos 30 dias passados. Em junho inteiro, foram 37,2% de alta.
Portobello
O movimento da companhia, no mês, foi um programa de recompra de ações. Na ocasião, na segunda quinzena de junho, a Portobello informou que criaria um novo programa de recompra de ações, aprovado por unanimidade e sem reservas.
Segundo o fato relevante arquivado pela empresa, a medida se deu na direção de maximizar o valor aos acionistas, dando possibilidade para que ela possa manter os papéis na tesouraria e cancelá-los ou aliená-los posteriormente.
Recrusul
A empresa de implementos rodoviários teve um lucro tímido de R$ 105 mil no primeiro trimestre, apesar do prejuízo que beirou R$ 1 milhão no mesmo período do ano anterior,
Apesar de ter saído da carteira do BB, a ação teve valorização de 27,4%, ficando cotada a R$ 2,18 no fim do mês.
Marcopolo
Do segmento rodoviário, a companhia anunciou um recente pagamento de R$ 0,07 por ação em juros sobre o capital próprio (JCP), e também comunicou um impacto positivo de R$ 383 milhões no seu balanço com a decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF) acerca da exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins.
Ambas as notícias motivam o investimento no papel, que já subiu 26,4% no acumulado de junho, ficando cotado a R$ 3,39 no fim do mês, sendo a quinta maior alta dentre as small caps.