A SLC Agrícola (SCLE3) e a Terra Santa (TESA3) deram mais um passo caminho à combinação de negócios. Em fato relevante divulgado na noite da última sexta-feira (16), as companhias explicaram as próximas etapas da fusão.
Foi estabelecida a posição acionária do final do pregão do dia 30 de julho para a definição da base de acionistas que terão direito à incorporação de ações.
A redução de capital da Terra Santa e a consumação da incorporação das ações acontecerá em 1º de agosto. No dia seguinte, as ações da TS Agro passarão a ser negociadas na B3 sob o ticker LAND3.
As relações de troca de 3,3237 ações da TS Agro para cada papel da Terra Santa também foram confirmadas. Da mesma forma, foi estabelecida a relação de troca de 0,0859 ações da SCL para cada ação da Terra Santa, e de 0,4606 papel da SLC para cada bônus de subscrição da Terra Santa remanescente.
Com isso, o capital social da SCL será elevado, mediante à emissão de 2,51 milhões de novas ações ordinárias, pelo preço de subscrição total de R$ 138 milhões, o equivalente a R$ 54,84 por papel.
Confira o cronograma completo:
- Final do período de exercício do direito de retirada (22/7);
- Pagamento do reembolso aos acionistas que exerceram o direito de retirada (27/7);
- Data de corte base de acionistas (30/7);
- Incorporação de ações (1/8);
- Início das negociações de LAND3 na B3 (2/8);
- Liquidação das ações (4/8).
SLC enxerga ganha-ganha com fusão
O negócio foi anunciado em novembro do ano passado e já possui a autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A previsão é que a transação seja fechada por R$ 753 milhões. Com o acerto, que prevê arrendamento por 20 anos, a SLC terá à disposição 145 mil hectares a mais para produzir na safra de 2021/22.
Se considerado também o arrendamento de 43 mil hectares da Agrícola Xingu, divulgado em abril, a companhia terá, de forma total, 660 mil hectares para cultivo na próxima temporada. Essa é uma área 40% maior do que a utilizada em 2020/21.
Segundo o presidente da SCL, Aurélio Pavinato, o negócio é “ganha-ganha”. A Terra Santa conseguirá tratar do endividamento que acumulou nos últimos anos. Por outro lado, a SLC expandirá sua área de cultivo de forma relevante — a custo baixo.
No primeiro trimestre deste ano, a empresa teve um lucro de R$ 376,8 milhões, alta de 140,9% na comparação anualizada. A receita líquida da SCL cresceu 30,8% na mesma base comparativa, para R$ 827,4 milhões, mostrando a boa fase do agronegócio.