A Ativa Investimentos atualizou sua avaliação sobre a SLC Agrícola (SLCE3) após os resultados do segundo trimestre de 2022 da empresa, aumentando o prêmio de risco de mercado.
As ações da SLC Agrícola sofreram corte no preço-alvo, de R$ 55,30 para R$ 54,90. Os analistas reiteram a recomendação neutra sobre a compra do ativo. Nesta segunda (22) os papéis da companhia fecharam em alta de 1,09%, cotadas a R$ 43,63.
“A companhia continua a se beneficiar da expansão de produção e dos contratos com preço travado de commodities agrícolas, contribuindo para os fortes resultados dos trimestres recentes”, diz o relatório da Ativa.
Outro ponto levantado pelos analistas é que a alta produtividade e o patamar alto do dólar em relação ao real continuam beneficiando os resultados da companhia.
Apesar dos dados positivos, a Ativa apontou riscos:
- Possível recessão global impactando preços do algodão; e
- Risco de normalização de margens nas próximas safras.
“A contribuição significativa do algodão nos resultados recentes e a possibilidade de uma possível recessão global impactar negativamente o preço do algodão, em função do aumento de custos, sobretudo de energia e fertilizantes, podem impactar a rentabilidade da companhia. Há ainda o risco de normalização de margens nas próximas safras,”, afirmam.
A Ativa lembra que a SLC Agrícola realizou recentemente a aquisição da Terra Santa Agro, uma operação relevante. “Caso a rentabilidade das fazendas da Terra Santa Agro não seja tão sustentável quanto as da SLC, a operação poderá impactar negativamente as ações da companhia”, ponderam os analistas, em texto.
Além disso, como produtora agrícola, a SLC Agrícola está exposta ao ciclo das culturas que produz, em especial a soja e o milho. Ou seja, possíveis quedas na cotação dessa commodities podem impactar significativamente os papéis da empresa.
“Deterioração do cenário macroeconômico e/ou político poderia levar a uma elevação do risco-país, afetando negativamente a cotação das companhias brasileiras, inclusive a SLC Agrícola“, ressaltam. “Como a empresa opera no ramo de produção agrícola, está exposta ao risco climático, já que geadas e secas, por exemplo, podem afetar sua produção e impactar negativamente o valor das ações.”