O site do Banco Central ficou indisponível desde o início da manhã desta terça-feira (25). O BC afirmou que a indisponibilidade do site no período da manhã se deveu ao excesso de consultas no sistema Valores a Receber (SVR), lançado na segunda-feira pela autoridade monetária.
“O sistema Valores a Receber (SVR) recebeu demanda acima da esperada e estamos ajustando a capacidade de atendimento”, limitou-se a responder a instituição sobre a queda do site do Banco Central.
O Banco Central informou há pouco que suspendeu “temporariamente” o acesso ao Sistema de Valores a Receber (SVR), em razão da instabilidade no site. “O lançamento do Sistema Valores a Receber (SVR) gerou demanda de acessos muito acima da esperada, o que provocou instabilidade em sua página e também nos sites do BC, do Registrato e Minha Vida Financeira. Para estabilizar esses sites, o BC suspendeu temporariamente o acesso ao SVR”, diz a nota divulgada pela autarquia.
A autoridade monetária informou que está trabalhando para que o funcionamento dos sites seja normalizado o mais breve possível e também para o retorno do SVR. “Manteremos o público informado quanto a esses desenvolvimentos e pedimos desculpas pelo transtorno.”
O SVR entrou em funcionamento ontem. O sistema permite que cidadãos e empresas consultem se têm algum dinheiro “esquecido” a receber em bancos e demais entidades do sistema financeiro.
A consulta é feita na página ‘Minha Vida Financeira’, dentro do site do BC, apenas usando o CPF ou CNPJ da empresa. Segundo a autarquia, as informações disponibilizadas no novo serviço são de responsabilidade das próprias instituições, mas o órgão estima que há cerca de R$ 8 bilhões de recursos nesta condição.
Com a indisponibilidade do site, a divulgação de resultados de leilões hospedados no portal da instituição está comprometida. Entre os dados indisponíveis estão resultados de operações compromissadas, resultados de leilões de swap e de títulos do Tesouro Nacional.
O serviço Valores a Receber entrou em funcionamento na segunda-feira. O sistema permite que cidadãos e empresas consultem se têm algum dinheiro “esquecido” a receber em bancos e demais entidades do sistema financeiro.
A consulta é feita na página “Minha Vida Financeira”, dentro do site do BC, apenas usando o CPF ou CNPJ da empresa. Segundo o BC, as informações disponibilizadas no novo serviço são de responsabilidade das próprias instituições, mas o órgão estima que há cerca de R$ 8 bilhões de recursos nesta condição.
Na época do anúncio do sistema, em junho de 2021, a autarquia disse que é comum que as pessoas não saibam ou não se lembrem da existência dos saldos.
“Em algumas situações, os saldos a receber podem ser de pequeno valor, mas pertencem aos cidadãos que agora possuem uma forma simples e ágil para receber esses valores”, afirmou o BC nesta terça, em nota.
Como solicitar resgate no site do Banco Central
As pessoas físicas e jurídicas que têm valores a receber poderão solicitar o resgate via Pix no Registrato (https://www3.bcb.gov.br/registrato/login/), sistema do BC em que a população pode consultar informações financeiras como empréstimos em seu nome, dívidas com órgãos públicos, entre outras.
Para essa opção, é necessário, contudo, que os bancos ou instituições financeiras tenham aderido a um termo específico junto ao BC. A outra alternativa é informar os dados de contato no Registrato e, em seguida, a instituição financeira deve informar o meio de pagamento ou transferência.
Segundo o órgão, a partir desta terça, as instituições autorizadas que tenham valores a devolver receberão documento com os dados dos usuários que já solicitaram a devolução com indicação de chave Pix, e terão 10 dias úteis para fazer a transferência. “No caso das instituições que não aderiram ao Termo de Adesão, a devolução deverá ser feita na forma acordada entre as partes após o contato do usuário pelos canais da instituição informados no sistema”, disse o Banco Central.
A consulta e devolução de valores estão divididas em duas fases.
Na primeira etapa, já disponível, são cerca de R$ 3,9 bilhões de valores a serem devolvidos, com recursos de conta-corrente ou poupança encerradas com saldo disponível, além de tarifas, parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente (com devolução prevista em Termo de Compromisso do banco com o BC).
Também estão incluídos nessa fase cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito, assim como recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.
O BC prevê que a segunda fase deve ser iniciada ainda no primeiro semestre de 2022.
Nessa etapa, estarão disponíveis recursos de: tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, previstas ou não em Termo de Compromisso com o Banco Central; contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível; contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários encerradas com saldo disponível; entre outros.
Com informações do Estadão Conteúdo