Sistemas de GPS mais antigos poderão apresentar falhas, como a indicação errada de localização, ou o não funcionamento, no dia 6 de abril. Os smartphones não serão afetados, por serem mais recentes. As informações são do jornal “O Globo”.
Contudo, os equipamentos que dependem de satélites GPS para ajuste de seus relógios poderão estar suscetíveis, além de:
- sistemas de navegação (em navios, carros e aviões);
- computadores;
- servidores;
- instalações elétricas;
- e sites.
Comparado ao “bug do milênio”, que assustou a indústria tecnológica na virada de 1999 para 2000, o problema é atribuído ao cálculo do tempo pelos satélites e sensores GPS.
O início da contagem do tempo dos dispositivos é em 6 de janeiro de 1980, e a contagem se dá em semanas. Nos sistemas de GPS mais antigos, o software destinava 10 bits para a função.
Assim, dois elevado a décima potência é 1024. Ou seja, os equipamentos são capazes de contar 1024 semanas, ou 19,7 anos.
Em 21 de agosto de 1999 foi a primeira vez que a falha ocorreu, afinal, 1024 semanas haviam se passado desde o início do tempo nos sistemas.
Agora, 1024 semanas depois, a falha ocorrerá novamente no próximo dia 6.
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Preocupação no mercado
A fabricante britânica de repetidores GPS, FalTech GPS, publicou em blog que “mercados financeiros, companhias geradoras de energia, serviços de emergência e sistemas de controle industrial podem ser afetados”.
“Os efeitos devem ser mais difundidos hoje, porque muito mais sistemas integraram o GPS em suas operações”, disse Bill Malik, vice-presidente da Trend, em entrevista ao site Tom’s Guide.
“Portos carregam e descarregam contêineres automaticamente, usando GPS para guiar as gruas. Sistemas de segurança pública incorporaram o GPS, assim como sistemas de monitoramento do tráfego. Há 20 anos essas conexões eram primitivas, agora elas estão incorporadas. Então, qualquer impacto agora será substancialmente maior“, completou.
Falhas no GPS podem informar aos pilotos que os aviões estão a quilômetros de distância da posição verdadeira. Ou no Golfo da Guiné, ponto zero dos sistemas de GPS.
A fabricante neerlandesa TomTom já informou que alguns de seus produtos podem apresentar falhas, e recomendou aos consumidores que atualizem seus equipamentos. Dentre as possíveis falhas estão:
- ausência do horário, perda frequente do sinal de GPS;
- ou a impossibilidade da navegação.
Por sua vez, a norte-americana Garmin, declarou que caso seus produtos com tecnologia GPS sejam afetados, “a precisão do posicionamento não será afetada”, apenas o horário e a data (o que pode comprometer funções como o rastreamento dos logs).
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