Singapore Airlines anuncia corte de 4,3 mil postos de trabalho
Em meio a uma enxurrada de companhias aéreas ao redor do mundo anunciando grandes cortes de empregos, a Singapore Airlines comunicou que irá eliminar 4,3 mil postos de trabalho por conta da queda prolongada na demanda por viagens.
Desse total anunciado pela eleita diversas vezes a melhor companhia do mundo, 2,4 mil serão demissões; enquanto os 1,9 mil restantes incluem congelamento de contratações, programas de aposentadoria e de desligamento voluntários em três empresas aéreas: a Singapore Airlines, a marca de curta distância SilkAir e a de low cost Scoot.
A companhia não especificou quais os segmentos e cargos serão impactos pela medida, no entanto informou que os cortes acontecerão tanto na Cingapura quanto no exterior.
No exercício fiscal encerrado em 31 de março de 2020, a Singapore Airlines apresenta uma quadro de 27.619 funcionários, segundo relatório anual. Com isso, os cortes de 4,3 mil postos correspondem a 16% da folha de pagamento.
“Esta decisão foi tomada à luz do longo caminho de recuperação para a indústria aérea global, devido ao impacto debilitante da pandemia de covid-19 e a necessidade urgente de as companhias aéreas do grupo se adaptarem a um futuro incerto”, comunicou a empresa, em comunicado.
Singapore Airlines sob pressão da baixa demanda por viagens
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) previu em julho deste ano que a demanda global por viagens aéreas não retornaria ao patamar pré-pandemia de 2019 até o ano de 2024. De acordo com a entidade, o número de passageiros ao redor do mundo deve cair 55% em 2020 em comparação com o nível registrado no ano anterior.
“Dado que o caminho para a recuperação será longo e cheio de incertezas, infelizmente temos que implementar medidas involuntárias de redução de pessoal”, afirmou o chefe-executivo da Singapore Airlines, Goh Choon Phong, em comunicado.
A Singapore Airlines já havia adotado outras medidas de corte de custos e para aumentar o caixa, incluindo negociações com fabricantes de aeronaves para atrasar entregas de aeronaves e revisão de cronogramas de pagamentos, assim como a busca para levantar fundos através da venda de novas ações e títulos conversíveis.