Tebet diz que mostrará ‘cardápio de possibilidades’ para Lula sobre ajuste fiscal

Em meio a um contexto de pressão do mercado no Governo Federal por corte de gastos, Simone Tebet (MDB), ministra do Planejamento, declarou nesta sexta-feira (14) que “apresentará um cardápio de possibilidades” para o presidente da República, Lula (PT).

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Tebet declarou ao jornal O Globo que é possível reduzir despesas sem comprometer os investimentos sociais e que “tudo, a princípio, está na mesa”.

“Vamos limpar, sob a ótica do que é viável politicamente, o que atenderia a vontade não só do presidente Lula, mas também do Congresso Nacional. Esse filtro a gente ainda não fez. Se eu ficar muito focada na desvinculação, dá a entender que é a primeira medida, e não é”, disse.

“O mercado e o Congresso dão sinais de que não há mais condições de ajuste fiscal pelo aumento da receita.”

Além disso, a ministra disse que a equipe ‘irá se reunir todos os dias’ para trabalhar no ‘cardápio de possibilidades’ que será apresentado no fim de junho.

“Tudo está na mesa, nada está interditado, a não ser a valorização do salário mínimo e a desvinculação da aposentadoria. Quando a gente fala de desvinculação, a gente não fala da aposentadoria, mas dos outros benefícios temporários”, disse a ministra do Planejamento.

“A lei fala BPC [Benefício de Prestação Continuada], abono salarial, seguro-desemprego, auxílio doença… Vamos ver como a gente pode modernizar. Eu tenho ‘N’ possibilidades, eu tenho uma avenida. Essa avenida pode virar uma rua mais estreita sob a ótica da vontade política, mas, mesmo assim, é uma rua onde vai poder passar muita coisa”, completou Tebet.

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Falas de Tebet vem em contexto de desconfiança com o fiscal

As declarações ocorrem em meio a uma semana turbulenta em que o dólar bateu R$ 5,40 e a bolsa sofreu quedas relevantes por conta de declarações de Lula de que o ajuste fiscal seria feito via juros baixos e aumento de arrecadação.

O fato de um eventual corte de gastos sequer estar no horizonte preocupa o mercado, incluindo investidores estrangeiros.

Segundo Tebet, as tanto o Ministério da Fazenda quanto o Ministério do Planejamento já vinham trabalhando em torno dessas medidas e, daqui em diante isso será intensificado.

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Eduardo Vargas

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