Shipay: startup oferece padronização nos pagamentos do varejo, do Pix às criptomoedas

Criada em 2019, a Shipay nasceu para ajudar os lojistas com uma nova forma de pagamento que surgia no mercado: o QR Code. Oferecido por carteiras digitais como Mercado Pago, PicPay e AME, os diferentes sistemas de cada uma causavam problemas de recebimento para as empresas e a nova startup tinha como missão simplificar esses pagamentos.

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A escolha por esse serviço surgiu depois de muita pesquisa de mercado e estudo das tecnologia e novos modelos de fintechs. A plataforma da Shipay começou a ganhar forma em setembro de 2019, pelas mãos dos fundadores Luiz Coimbra, Charles Hagler, Paulo Loureiro e Fabio Ikeno – todos com passagem por empresas de tecnologia e finanças.

Logo no início, os fundadores mapearam três “dores” dos lojistas com os pagamentos por meio de QR Codes de carteiras digitais:

  • Risco de fraude com placas de QR Code para cada uma das carteiras digitais;
  • Falta de clareza com a efetivação do pagamento, sem uma confirmação imediata para o lojista;
  • Falhas no fechamento diário do caixa por precisar consultar cada uma das carteiras digitais.

Com isso, a plataforma da Shipay se propôs a endereçar cada um desses problemas e levar uma solução simplificada em um único aplicativo.

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“Conseguimos uma solução flexível, que funciona para pequenas lojas de bairro e também para grandes empresas. Com tecnologia API, conectamos cada uma das carteiras digitais à conta da loja e pela nossa plataforma o lojista tem a confirmação de pagamento e também oferece um QR Code seguro para o cliente”, explica Fábio Ikeno, CTO da Shipay.

Tudo ia bem, até que surgiu a solução de pagamentos instantâneos do Banco Central, o Pix. Quando aconteceu o lançamento, o BC avisou que os bancos teriam que implementar uma integração única e padronizada.

“Achamos que nosso negócio fosse acabar, porque o Pix fez muito mais sucesso do que os QR Codes e com um sistema padronizado dos bancos, o modelo de negócios da Shipay perdia valor. Até que percebemos que a solução padronizada não aconteceu e cada banco tinha o seu próprio sistema. Aí, o Pix foi a nossa virada”, conta o CTO.

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Pix muda o negócio da Shipay

A chegada do Pix, em novembro de 2020, permitiu à fintech chegar a grandes corporações e aumentar a penetração em lojistas pequenos também. No início de 2021, o volume de transações na plataforma da Shipay tinha crescido em 10 vezes na comparação anual.

Com o sucesso dos pagamentos instantâneos feitos pelo Pix, mais empresas correram para oferecer o serviço e, consequentemente, precisaram de uma solução para unificar o sistema internamente.

Também no começo do ano passado, a Shipay passou por uma rodada de investimento semente que ajudou no crescimento da startup. Os fundadores não abrem o valor, mas indicam os nomes dos investidores: Laércio Cosentino, fundador da Totvs (TOTS3), e João Augusto Valente, publicitário sócio-fundador do Grupo ABC.

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Por meio de fundos family offices e como pessoas físicas, não em nome de suas empresas, os empresários aportaram valores na startup que permitiram a contratação de mais funcionários e a expansão dos serviços, com investimento em mais tecnologia.

Atualmente, a Shipay tem mais de 50 funcionários e está conectada a cerca de 300 plataformas, que fazem implementações com as empresas para a automação dos serviços de pagamento. A fintech tem clientes em todos os estados do Brasil, do Rio Grande do Sul ao Amapá.

Além da conexão com as carteiras digitais (que permanece) e com o Pix, a startup também já oferece soluções para criptomoedas em parceria com a CoinPayments, e trabalha para implementar opções de programas de fidelidade e outros produtos mais nichados.

“Nosso objetivo é agregar cada vez mais serviços que possam ser úteis para os clientes da ponta. Da mesma forma que no início, nossa missão era simplificar a vida do lojista. Esse propósito ainda permanece”, diz Ikeno.

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Parceria de peso com a AWS

Para conseguir expandir os serviços rapidamente e manter a qualidade e velocidade da plataforma, a Shipay conta com a parceria da Amazon Web Services (AWS). O diretor de tecnologia da startup explica que já conhecia o provedor de longa data, motivo pelo qual escolheram os serviços da AWS desde o início.

Por meio do programa AWS Activate, que oferece US$ 100 mil em créditos para as startups usufruírem dos benefícios em nuvem da empresa, a Shipay iniciou suas operações com a provedora da Amazon e, desde então, permaneceu com ele.

Para Ikeno, os programas de aceleração para startups e benefícios como o Activate – oferecido pela AWS – são muito importantes para o início das empresas novatas.

“Tanto os programas de aceleração que ajudam a entender melhor o mundo dos negócios, quanto os créditos oferecidos pela AWS ajudaram muito a Shipay no início da nossa operação. Foram decisivos para colocar nosso produto em funcionamento”, diz o CTO.

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Monique Lima

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