A Shell planeja iniciar a exploração de novas áreas do pré-sal neste ano.
Nos dois últimos anos, a Shell investiu R$ 2,17 bilhões na compra de ativos exploratórios nos leilões . O presidente da companhia disse que a expectativa é perfurar quatro poços em 2019.
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Estão inclusos no plano de exploração os poços nas áreas do Sul de Gato do Mato e Alto de Cabo Frio Oeste, ambos no pré-sal, e poços na revitalização de campos maduros.
Além disso, o Parque das Conchas, no pós-sal da Bacia de Campos,receberá investimentos para exploração. O objetivo é encontrar novas descobertas, estendendo o prazo útil da área.
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“Achamos que dá para extrair mais dessa área”, disse o executivo ao Valor, após participar do evento de pré-estreia da feira Brasil Offshore, em Macaé (RJ).
Com investimentos em novas tecnologias de produção, a Shell conseguiu aumentar a vida útil dos campos de Bijupirá-Salema, na Bacia de Campos, em cinco anos.
Águas profundas
A Shell Brasil iniciará ainda neste anos uma pesquisa sobre o ecossistema em águas profundas. O estudo será realizado em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade de São Paulo (USP). As duas instituições se dividiram em duas expedições na costa sudeste do País.
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Na pesquisa, a Shell disponibilizará uma embarcação com equipamentos de alta tecnologia. Entre eles está um veículo de operação remota. De acordo com a Shell Brasil, o objetivo é reduzir o impacto da exploração do petróleo no meio ambiente.
“Tornar nossas operações mais seguras e garantir a preservação da vida marinha sempre foram questões fundamentais para a Shell Brasil. Agora, com esse projeto, poderemos ir além, ajudando toda a indústria na compreensão desse ecossistema tão específico e pouco acessível, garantindo que ele seja conservado”, informou em nota a gerente geral de Tecnologias de Subsuperfície da Shell Brasil, Aly Brandenburg.
A companhia é uma das maiores produtoras privadas de petróleo no Brasil. Além disso, a empresa é parceira nas explorações da Petrobras.
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Em novembro, só nos reservatórios Lula e Sapinhoá, os dois maiores campos produtores do País, a Shell produziu 1,1 milhão de barris de petróleo por dia, metade da produção total de 2,5 milhões de barris diários registrados no último boletim de produção da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).