A Shell (RDSA34) anunciou nesta quarta-feira (14) irá compartilhar bilhões a mais de seus lucros recordes com os investidores e reafirmou seu compromisso com os negócios de petróleo e gás, que garantem os maiores retornos.
Na Bolsa de Londres, a ação da petrolífera anglo-holandesa subia 1,8% por volta das 8h45 (de Brasília).
Ao descrever a visão de seu CEO, Wael Sawan, a Shell fez um apelo direto a Wall Street, onde ele fará uma apresentação a investidores na Bolsa de Nova York (NYSE) nesta quarta-feira.
Apesar dos lucros recordes, a ação da Shell tem mostrado desempenho inferior às de concorrentes dos EUA. Desde que assumiu o comando da empresa, no começo do ano, Sawan deixou claro que pretende lidar com essa discrepância.
Em comunicado, a Shell disse que lançará recompras de ações de ao menos US$ 5 bilhões no segundo semestre de 2023. A empresa também pretende reduzir gastos, manter sua produção estável e cortar investimentos em negócios menos lucrativos.
“Nós investiremos nos modelos que funcionam – aqueles com os maiores retornos que favoreçam nossos pontos fortes”, disse Swan, no comunicado.
A expectativa é que Swan detalhe as mudanças no evento programado para esta quarta.
A Shell disse também que vai ampliar a distribuição de dividendos para 30% a 40% do fluxo de caixa de operações, com um aumento efetivo de 15% no dividendo a partir deste segundo trimestre. Trata-se de uma significativa mudança em relação à política anterior, de usar de 20% a 30% do fluxo de caixa para financiar dividendos e recompras de ações.
Já os gastos de capital serão reduzidos para US$ 22 bilhões a US$ 25 bilhões em 2024 e 2025. Para 2023, a Shell planejava anteriormente gastos de US$ 23 bilhões a US$ 27 bilhões.
Com Estadão Conteúdo